
Com a chuva dessa segunda-feira, que causou estragos, travou o tr�nsito e deixou pessoas ilhadas, Belo Horizonte come�a a se despedir do per�odo chuvoso com d�ficit no volume pluviom�trico e sem tempo h�bil para alcan�ar a m�dia hist�rica. De acordo com o 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia, choveu 962,7 mil�metros entre outubro e ontem, o que representa 355,6 mm a menos do que o volume de 1.318,3 mm previstos para o per�odo. Para piorar, as pancadas – que chegaram a ultrapassar os valores normais de fevereiro e mar�o –, est�o com os dias contados, segundo o meteorologista Claudemir de Azevedo. Ele explica que a frente fria que est� atuando sobre o Atl�ntico Sul – e provocando �reas de instabilidade especialmente no Rio de Janeiro e Minas Gerais – tende a perder for�a a partir de hoje. Ontem, o volume acumulado chegou a 64mm at� �s 19h, o que representa 39% do previsto para o m�s de mar�o.
O d�ficit da temporada chuvosa na capital foi provocada principalmente pela aus�ncia de chuvas nos meses de outubro a janeiro. Enquanto neste �ltimo o acumulado deveria ter sido de 296,3mm, choveu apenas 94,8mm. Situa��o ainda mais cr�tica ocorreu em dezembro, que registrou apenas 137,9mm dos 319,4mm previstos. O quadro de chuvas voltou a se normalizar em fevereiro (choveu 75,6mm acima da m�dia de 264mm) e mar�o, at� ontem, est� com 18,4mm acima do previsto de 163,5mm. Ainda assim, a situa��o � cr�tica nos reservat�rios que atendem BH e parte da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte que hoje operam com n�veis bem mais baixos do que nesta �poca do ano passado e em 2013. No Sistema Paraopeba, que chegou a 89,3% de sua capacidade h� dois anos e a 76,8% no ano passado, o volume atual � de 33%. Rio Manso, que ontem chegou � marca de 42,8% j� havia alcan�ado 100% em 2013 e 91,7% no ano passado. As condi��es s�o mais cr�ticas no Sistema Serra Azul, que evoluiu 2% de janeiro pra c�, saltando de 7% para 9%. Em 2014, esse �ndice era de 44,3% e h� dois chegou ao patamar de 82,4%.
ESTRAGOS Por causa da chuva de ontem, o Corpo de Bombeiros registrou chamados para atendimento de queda de �rvores, queda de muro e de pessoa ilhada em alagamento. As regi�es mais afetadas foram Centro-Sul e Oeste, al�m de Contagem, na Grande BH. Na Avenida Nossa Senhora do Carmo, v�rios galhos de uma �rvore de grande porte ca�ram sobre cabos da rede el�trica na altura do n�mero 1.440, no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul. A Cemig foi acionada para desligar a rede e fez o corte para desobstruir o acesso a uma rua transversal. No Bairro Palmeiras, um muro de 12 metros de comprimento caiu. A estrutura ficava em um lote vago e, devido ao acumulo de �gua, cedeu. Moradores foram instru�dos a acionar a Defesa Civil, para avaliar danos por meio de laudo t�cnico.
No bairro Cinquenten�rio, em Contagem, um muro de quatro metros de altura desabou na rua Ophil Ribeiro. Nos dois casos, ningu�m ficou ferido. Na Via Expressa, altura do Bairro Camargos, na Regi�o Noroeste de BH, houve inicio de alagamento. Uma pessoa ficou presa dentro de um carro e precisou ser resgatada pelos bombeiros. Em Contagem, os militares foram acionados para resgatar uma pessoa e uma crian�a, dentro de uma casa inundada, no Bairro Ch�caras Contagem. Em Betim, v�timas precisaram ser socorridas da eleva��o da �gua no Distrito Industrial.
Na capital, o tr�nsito ficou travado na �rea central, � noite, em decorr�ncia da chuva. A cabeleireira Milta Silva Dias, de 50 anos, demorou quase tr�s horas para ir do Bairro Cruzeiro � �rea hospitalar, no Santa Efig�nia. Segundo ela, o tr�fego praticamente parou nas avenidas Afonso Pena e Brasil. Na chegada � capital, para quem vinha pela BR-356, a pista molhada causou pequenas batidas e motoristas e passageiros ficaram presos em engarrafamentos. Houve falta de energia em parte dos bairros Anchieta e Cruzeiro, Centro-Sul. O Centro Universit�rio Fumec teve que suspender as aulas por falta de luz. (Com LH)