As medidas anunciadas na segunda-feira pela congrega��o da Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas (Fafich) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em resposta ao tr�fico de drogas e � viol�ncia que tomaram conta do local foi o assunto do dia em outras unidades do c�mpus. Alunos de diversos cursos cobram o cumprimento das a��es e esperam que elas sirvam de exemplo para controlar problemas vistos em outros pontos da institui��o. Apesar de ressalvas, o clima era de aprova��o. Ontem, integrantes do Diret�rio Acad�mico (DA) Idal�sio Soares Aranha Filho, demais estudantes e professores passaram a tarde e parte da noite em reuni�es. Em uma delas, foi promovida pelo Centro Acad�mico de Gest�o P�blica, na qual a maioria dos participantes considerou positivo o fechamento do DA.
Os problemas, denunciados pelo Estado de Minas na �ltima sexta-feira, ser�o atacados com 10 medidas. A principal determina��o � o fechamento da sala onde funciona o DA, local em que a reportagem revelou flagrantes de venda livre de drogas como maconha, coca�na e LSD. Tamb�m est�o entre as decis�es a proibi��o de festas na unidade, amplia��o do efetivo de seguran�a e pintura das �reas externas e internas da Fafich.
Aluna do 3º per�odo de matem�tica, que pediu anonimato, aprovou as medidas tomadas na Fafich, mas faz ressalvas em rela��o � seguran�a: “Se tirar vigilantes de outros locais para l�, deixa as demais unidades desguarnecidas. O que precisa � de verba para contratar mais”. Para a jovem, o problema � generalizado. “A droga est� presente em todos os lugares da universidade”, afirma. O namorado a proibiu de andar sozinha pela faculdade de filosofia. “Meus colegas afirmam que por onde andam na Fafich n�o h� nada escancarado, mas o que escutamos e vemos � outra coisa.”
Do 3º per�odo de ci�ncias da computa��o, outro estudante, que tamb�m pediu para n�o ser identificado, diz que as decis�es da congrega��o referentes ao aumento da vigil�ncia e da ilumina��o e � reforma da sala do diret�rio acad�mico da Fafich foram bem vistas por alunos e professores do curso de exatas. No entanto, ele n�o � a favor do fechamento do D.A e cobra que, depois da revitaliza��o, os alunos tomem conta do espa�o para evitar usos inapropriados. Segundo o universit�rio, colegas de outros cursos do per�odo noturno que fazem mat�rias na Fafich relatam que s� andam em grupos, por considerarem perigoso caminhar sozinho pela faculdade. Ele tamb�m ressalta que o problema vai al�m: “A venda de drogas ocorre em todos os lugares, embora de forma mais branda”.
SEGURAN�AS
Estudante da Faculdade de Direito, outro jovem est� indignado com a situa��o. “Alunos que realmente estudam devem ter seu direito garantido. Foi para isso que passaram no vestibular. As medidas tomadas na Fafich, se resolverem a quest�o, s�o bem-vindas, porque do jeito que est� n�o d�”, diz. Ele defende que as a��es se estendam para outras unidades da UFMG, de acordo com a necessidade de cada uma. “A universidade tem um prop�sito: ser local de estudo e pesquisa, e n�o boca de fumo. A institui��o como um todo tem feito vista grossa para o problema e os centros acad�micos s�o coniventes com a situa��o.”
A assessoria de imprensa da universidade informou que n�o h� previs�o de contrata��o de seguran�as nesse momento, por causa do contingenciamento or�ament�rio vivido pela institui��o. Por enquanto, o que est� sendo feito � um remanejamento de vigilantes em servi�o, para fazer o monitoramento por andar, principalmente no per�odo noturno. O diretor da Fafich, Fernando Filgueiras, foi procurado para informar sobre as datas que as medidas entrar�o em vigor, mas n�o atendeu as liga��es. O D.A tamb�m foi procurado e deve se pronunciar hoje sobre as delibera��es das assembleias. Ontem � noite, o espa�o do DA estava aberto e apenas tr�s jovens estavam no local, usando o computador.