
Luiz havia sido diagnosticado com um c�ncer de pr�stata em est�gio avan�ado e sofria de incontin�ncia urin�ria. Na quarta-feira, depois de procurar um posto de sa�de no Bairro Nova Su��a, na Regi�o Oeste, por n�o estar se sentindo bem, ele voltava para casa e entrou para urinar em um lote que abriga um estacionamento na Rua Maraj�. Em seguida, foi abordado pelo vigia Anderson Vitor dos Santos, de 27 anos, e expulso. No boletim de ocorr�ncia registrado por policiais militares, consta que o seguran�a admitiu ter dados socos e pontap�s no aposentado e o jogado na rua. O atestado de �bito indicou traumatismo craniano.
Consternados pela tr�gica morte, amigos cobraram justi�a. “Era �tima pessoa. Foi um ato covarde. Ele parou no caminho, entrou no estacionamento para se aliviar e o seguran�a partiu para cima”, disse um conhecido, que n�o quis se identificar. “Espero que esse monstro que fez isso com ele seja preso e fique na cadeia por muito tempo”, afirmou outra mulher.
Luiz morava sozinho e n�o tinha mulher e filhos, mas o trabalho ao longo de d�cadas fez com tivessem muitos amigos e pessoas que se consideravam praticamente parentes, como a professora Cristiane Bargas, sobrinha de cora��o.
Ela revelou a indigna��o das pessoas pela brutalidade do agressor, que foi detido pela PM e liberado pela Pol�cia Civil. “A alega��o � de que n�o havia provas contundentes para mant�-lo preso. Um advogado que frequenta a igreja que ele frequentava disse que vai acompanhar o caso”, informou Cristiane. Tomada pelas l�grimas, ela disse que Luiz era incapaz de ferir algu�m. Ele tinha sido diagnosticado com um c�ncer de pr�stata h� cerca de 20 dias, mas ainda n�o estava ciente e seria informado nos pr�ximos dias. “Ele era um faz-tudo, que trabalhava para os amigos. Homem de h�bitos simples e conhecido de todos no Bairro Nova Su��a, onde morava. Ensinou a bondade para as pessoas que conheceu”, completa.
Segundo a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil, em um primeiro momento n�o houve convic��o quanto � ocorr�ncia de um crime de homic�dio, mesmo com a declara��o do acusado aos militares de que bateu no idoso. Por causa dessa conclus�o inicial, Anderson foi solto. As investiga��es devem come�ar segunda-feira.