
A comerciante Maristela Duarte esperou pacientemente, por tr�s horas, com a ideia fixa de comprar um casaco vermelho. Assim que as portas se abriram, a primeira da longa fila encontrou o objeto de desejo em uma das araras e n�o titubeou: experimentou e comprou a pe�a no ato. “S� vou trocar os bot�es; no mais, est� perfeito”, disse a moradora da Regi�o da Pampulha, na capital. A exemplo dela, centenas de belo-horizontinos foram, na tarde de ontem, � abertura do Bazar Solid�rio, iniciativa da Jornada Solid�ria Estado de Minas. A quinta edi��o, com entrada franca, ocorre neste fim de semana, na Rua Timbiras, 2.500 (Edif�cio JK), no Bairro de Lourdes, Regi�o Centro-Sul. Hoje, o funcionamento ser� das 10h �s 18h. Amanh�, das 10h �s 16h.
Atenta a todos os detalhes e � frente do grupo de 35 vendedoras volunt�rias, a presidente da Jornada Solid�ria, Nazareth Teixeira da Costa, informou que todas as pe�as comercializadas – usadas, seminovas ou novas, distribu�das por se��es – s�o fruto de doa��es. “A renda dos tr�s dias ser� investida na reforma das 12 creches e um abrigo para crian�as em trajet�ria de risco social mantidos por esse projeto do EM. H� um m�s estamos trabalhando, preparando roupas e sapatos para o acervo. Recebemos pe�as de boutiques, vestidos de noiva, roupas masculinas e muito mais”, afirmou.
O movimento foi intenso na tarde de ontem, com homens e mulheres percorrendo as se��es distribu�das pelo amplo espa�o. Em exposi��o, vestidos de festa, sapatos, agasalhos, bijuterias, camisas sociais, malas de viagem e roupas infantis. “N�o sabemos exatamente quantos itens temos aqui, mas sei que h� 7 mil cabides e muitas caixas com produtos ainda fechadas”, disse a coordenadora da jornada, Isabela Teixeira da Costa. “Recebemos pe�as durante todo o ano. Esta, ali�s, � a primeira vez que temos estoque de reposi��o”, afirmou.
Entre os volunt�rios, todos com avental personalizado, a anima��o era grande. “Com boa vontade, fazemos qualquer neg�cio”, disse, com bom humor, a aposentada Maria Tereza Calvo, que ajuda no bazar, como vendedora, desde o pioneiro, em 2000. “Trabalho com prazer, e o melhor presente � saber para onde vai a renda”, acrescentou. Para as pe�as em exposi��o, a forma de pagamento � em dinheiro ou cart�es Visa, Mastercard e Elo. No local, funciona tamb�m uma lanchonete.