Ser� enterrado hoje pela manh�, no cemit�rio municipal de Mogi Mirim (SP), o corpo do soldado Guilherme Ricardo Jurgensen, de 32 anos, morto em troca de tiros com um tenente e um aspirante da Pol�cia Militar, durante opera��o em que todos estavam � paisana, em Itapeva, no Sul de Minas. O tiroteio entre os PMs ocorreu por volta das 23h da sexta-feira, depois que quatro homens assaltaram um posto de combust�vel na cidade. O oficial estava em uma viatura descaracterizada, e Jurgensen e outro soldado, ambos de folga, foram atender a ocorr�ncia de roubo em um carro particular, o que despertou suspeitas m�tuas. Na abordagem, houve a troca de tiros.
De acordo com o boletim de ocorr�ncia da PM, Guilherme e o outro soldado que trabalharam em Itapeva estavam de folga, mas por iniciativa pessoal, prenderam um traficante na cidade, na sexta-feira. No momento em que entregaram o criminoso para dois colegas que estavam de servi�o, ficaram sabendo do assalto ao Posto Falc�o, no Km 919 da BR-381, nos arredores da cidade. Os dois militares de folga decidiram ir para o posto para investigar o crime.
Ao ver a pistola na m�o do amigo de Guilherme, o oficial e seu acompanhante atiraram contra o carro do soldado. Jurgensen foi baleado na cabe�a. Os outros tr�s militares envolvidos no tiroteio n�o se feriram. Guilherme chegou a ser levado para o Hospital S�o Lucas, na cidade vizinha de Extrema, mas morreu antes de ser socorrido.
A confus�o s� foi desfeita quando o tenente comunicou a troca de tiros e foi informado que os homens que estavam no outro carro eram militares lotados em Itapeva e tamb�m investigavam o assalto ao posto de combust�veis. O oficial e o aspirante foram detidos e levados para a sede do 59º Batalh�o da PM, em Extrema, ao qual todos os militares envolvidos pertencem.
De acordo com o tenente Rildo Bezerra, que ontem respondia pelo batalh�o, o oficial e o aspirante foram autuados em flagrante por homic�dio e somente amanh� a Justi�a Militar vai decidir se acata o pedido de soltura provis�ria. Os dois ocupantes do Gol atiraram e caber� ao comandante do 59º BPM analisar o caso, para instaurar um procedimento de apura��o administrativo, al�m do inqu�rito por homic�dio na Justi�a.
O soldado que acompanhava Jurgensen passou por avalia��o psicol�gica e j� foi integrado ao servi�o. Num primeiro depoimento, o tenente acusado do crime, que trabalha no servi�o de intelig�ncia da PM, disse que fazia levantamentos na regi�o do assalto, quando foi informado do roubo no posto e seguiu para l�.
Guilherme Jurgensen estava na Pol�cia Militar desde 2008. Casado h� 10 anos com uma advogada do Tribunal de Justi�a, ele deixa dois filhos com idades de 7 e 3 anos. Ele e os outros tr�s militares envolvidos na ocorr�ncia t�m ficha considerada “exemplar” na corpora��o. Ele ser� enterrado com honras militares na cidade paulista em que mora sua fam�lia.
