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Estado de Minas AO AR LIVRE

P�blico que nunca foi ao cinema se encanta com exibi��o de filme no Norte de MG

Experi�ncia tamb�m reacende emo��es de quem j� viveu a experi�ncia no munic�pio de Patis


postado em 20/04/2015 06:00 / atualizado em 20/04/2015 07:57

As cadeiras colocadas ao ar livre foram ocupadas por cerca de 700 pessoas(foto: Jair Amaral/EM)
As cadeiras colocadas ao ar livre foram ocupadas por cerca de 700 pessoas (foto: Jair Amaral/EM)

Patis
- Uma movimenta��o diferente tomou conta da pra�a principal de Patis, cidade com cerca de 5,5 mil habitantes, no Norte de Minas, na noite de sexta-feira. Em vez das tradicionais conversas dos amigos depois de uma semana de trabalho ou dos casais de namorados sentados nos bancos trocando carinhos e segredos, cerca de 700 moradores do pequeno munic�pio se reuniram para assistir a um filme, projetado numa tela grande, como nas salas de exibi��o abundantes nas grandes cidades.

Para muita gente, a proje��o do filme brasileiro Cine Holli�dy (produ��o cearense do diretor Halder Gomes) foi o primeiro contato com o cinema, caso da dona de casa Maria Nilda Ribeiro Souza, de 48 anos. Com uma certa timidez, ela n�o escondeu a emo��o de ver a com�dia nacional em uma tela grande. “Achei muito bom. Se tiver outra exibi��o de filme aqui, n�o vou perder”, disse Maria Nilda. Ela estava acompanhada do marido, o professor Willian Souza Silva, de 47, que pela segunda vez assistia a um filme numa “tela de cinema”.

Outro que tamb�m nunca tinha visto uma exibi��o cinematogr�fica “de verdade” foi o motorista Marcelo Fernandes, de 26. “Esse tipo de coisa � muito bom para a nossa cidade”, afirmou Marcelo, que assistiu ao filme sentado em um bar no Cal�ad�o de Patis, ao lado da mulher, a professora Juliana Lopes Maia, de 36, e dos dois filhos do casal, Nicole, de 7, e Felipe, de 4, que dormiu o tempo todo no colo do pai.

NOVIDADE DIVULGADA

Juliana contou que j� havia ido ao cinema em Montes Claros (a 96 quil�metros de Patis), mas que foram poucas vezes. Ela disse que fez quest�o de divulgar a “novidade da chegada do cinema” para seus alunos na escola do ensino infantil em Patis. “Pedi que eles viessem porque o cinema � uma coisa muito boa para aumentar a cultura das pessoas”, disse a professora, acrescentando que a maioria dos alunos demonstrou interesse e aceitou o convite.
O adolescente Erick Tadeu Pereira Leite, de 16, tamb�m demonstrou contentamento pelo primeiro contato com uma tela de cinema. “Fiquei apaixonado. A vis�o que a gente tem do filme � muito maior. � uma coisa de impacto mesmo”, disse.
A exibi��o de Cine Holli�dy tamb�m movimentou o com�rcio de Patis. Eduardo Silva, de 30, dono de um bar localizado em frente ao cal�ad�o de Patis, onde foi montada a estrutura para a exibi��o do filme – com cerca de 700 cadeiras, ao ar livre, gostou da iniciativa. “� preciso trazer mais esse tipo de divers�o para o povo”, afirmou. Ele disse que j� assistiu a filme em um cinema. , “Mas faz algum tempo, quando eu morei em S�o Paulo”, acrescentou.

Iniciativa completa 14 anos

A chance para que moradores de pequenas cidades do interior possam assistir a filmes numa grande tela, ainda que nos lugares onde moram n�o existam sala de exibi��o, � uma iniciativa do projeto Cine Sesi Cultural, que neste ano vai visitar 32 munic�pios mineiros, dos quais 18 j� receberam a programa��o. Desenvolvido pelo Servi�o Social da Ind�stria (Sesi), com o apoio das prefeituras, o projeto j� est� no 14º ano consecutivo, promovendo as exibi��es em locais p�blicos abertos, normalmente a pra�a principal da cidade.

Al�m de oferecer entretenimento � popula��o, o projeto visa incentivar a abertura ou reabertura de salas de proje��o nesses pequenos munic�pios. Nas d�cadas de 1970 e 1980, o interior foi altamente afetado pelo fechamento de cinemas, que n�o tiveram como se manter devido � queda de bilheteria, consequ�ncia da exibi��o das produ��es na televis�o aberta e do aluguel de filmes em locadoras.

O fen�meno tamb�m contribuiu para que muitos moradores dos lugarejos n�o conhecessem o cinema. Produtora do projeto, Carluccia Carrazza Gambogi explica que s�o mostrados filmes com linguagem mais simples, de f�cil compreens�o. “Pois nosso objetivo � despertar o interesse das pessoas pelo cinema”, comenta. “Observamos que o p�blico fica satisfeito e admirado quando tem contato com o cinema pela primeira vez”, conta Carl�ccia, que, antes das exibi��es, faz o trabalho de divulga��o na comunidade.


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