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Estado de Minas

Pol�cia ter� dificuldades de comprovar se motorista de BMW estava alcoolizado

Pol�cia investigar� militares suspeitos de liberar motorista que bateu BMW na Pra�a da Liberdade e feriu seis pessoas. Condutor se apresenta e nega que estivesse b�bado


postado em 29/04/2015 06:00 / atualizado em 29/04/2015 07:37

O empresário bateu seu veículo em outro carro e também em um poste na Praça da Liberdade, deixando seis pessoas feridas(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
O empres�rio bateu seu ve�culo em outro carro e tamb�m em um poste na Pra�a da Liberdade, deixando seis pessoas feridas (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

A Corregedoria Geral da Pol�cia Militar vai apurar a conduta dos militares que trabalharam no acidente causado pelo empres�rio C�lio Brasil J�nior, de 23 anos, que bateu uma BMW na madrugada de domingo na Pra�a da Liberdade, Centro-Sul de Belo Horizonte, ferindo seis pessoas. Testemunhas informaram que ele apresentava sinais de embriaguez e abandonou o local do acidente, mesmo com a presen�a de policiais militares. Como havia a suspeita de que ele bebeu antes de dirigir, a conduta correta seria prend�-lo e apresent�-lo a um delegado de plant�o, que avaliaria o caso. Como isso n�o aconteceu, C�lio escapou do flagrante e por isso a Pol�cia Civil ter� dificuldades de comprovar que ele estava alcoolizado, segundo especialistas. A Ouvidoria de Pol�cia do Estado de Minas Gerais tamb�m encaminhou um pedido de investiga��o � corregedoria. Ontem, C�lio se apresentou � pol�cia e, em depoimento, admitiu que era o motorista da BMW, mas disse que n�o bebeu e fugiu porque ficou atordoado com a situa��o.

“O que aconteceu tem que ser investigado. Todas as pessoas que se envolveram nessa ocorr�ncia t�m que ser ouvidas para entender se os policiais agiram da maneira correta”, diz o ouvidor de pol�cia, Paulo Alkmim. Ele explica que a ouvidoria ser� informada do resultado das investiga��es e que vai acompanhar o caso de perto. “Eu recebi tr�s telefonemas de cidad�os, mas j� estava previsto pedir essa investiga��o para a corregedoria por conta da repercuss�o do caso”, completa. Ele esclarece que o objetivo � que a corregedoria investigue a atua��o de todos os militares que atuaram na ocorr�ncia. No caso dos policiais da 4ª Companhia do 1º Batalh�o, a suspeita � que eles teriam deixado o motorista ir embora. J� os homens do Batalh�o de Pol�cia de Tr�nsito (BPTran) n�o teriam se empenhado em tentar rastrear o condutor pela placa do ve�culo e demoraram tr�s horas e meia para chegar � Pra�a da Liberdade.

Célio Brasil Júnior procurou a delegacia e chorou muito durante o depoimento(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
C�lio Brasil J�nior procurou a delegacia e chorou muito durante o depoimento (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
INQU�RITO POLICIAL Quem tamb�m vai investigar o caso � o delegado Pedro Ribeiro, da Delegacia Especializada de Acidentes de Ve�culos. Ontem, ele pegou o primeiro depoimento do caso, do pr�prio C�lio Brasil, que se apresentou � pol�cia mais de dois dias depois da batida. Ele esteve acompanhado dos advogados Marcos Eug�nio Dornas e Helena Latalisa e chorou bastante, segundo a pol�cia. Na sa�da, ele n�o quis dar declara��es. “Ele assumiu realmente que estava dirigindo e disse tamb�m que n�o bebeu. Falou que saiu do local sem o contato com a PM e que foi embora porque ficou atordoado”, afirma o delegado. Cerca de 15 pessoas, entre militares e testemunhas, ainda devem ser ouvidas. Se ficar comprovado que houve coniv�ncia da PM, os envolvidos podem incorrer em uma situa��o que pode variar entre prevarica��o e corrup��o, dependendo do que a pol�cia concluir.

Apesar das declara��es de C�lio ao delegado, uma das jovens que estava na BMW junto com ele disse ao Estado de Minas no domingo que o grupo de cinco pessoas (duas mo�as e tr�s rapazes) se conheceu horas antes da batida em uma boate no Bairro Buritis, Regi�o Oeste de BH. Segundo a testemunha, todos beberam e as duas garotas estavam com os tr�s amigos pegando uma carona de volta para casa. Um frasco cheio semelhante a um tubo de lan�a-perfume foi encontrado no ve�culo e foi apreendido pela pol�cia. “Entre afirmar e a situa��o ser daquele jeito � muito diferente. Ele saiu do local diante da como��o do acontecimento”, diz o advogado Marcos Eug�nio Dornas, que representa C�lio.

A princ�pio, o delegado Pedro Ribeiro explica que os crimes que ser�o atribu�dos s�o a les�o corporal e o abandono do local. As investiga��es tamb�m podem levar a um indiciamento por embriaguez, mas, sem flagrante, o trabalho da pol�cia fica prejudicado, conforme acredita o professor de direito processual penal da UFMG, Felipe Martins Pinto. “Fica praticamente imposs�vel provar essa embriaguez. A grande evid�ncia da embriaguez � quando voc� pega os sintomas no pr�prio condutor. � dif�cil que as testemunhas atestem essa quest�o”, completa.

Entenda o caso

  • No �ltimo domingo, o empres�rio C�lio Brasil J�nior, 23 anos, bateu uma BMW modelo X6 em outro carro e tamb�m em um poste na Pra�a da Liberdade, deixando seis pessoas feridas.
  • Ele abandonou o local do acidente e, segundo testemunhas, tinha sinais de estar alcoolizado. Pessoas que viram o acidente tamb�m afirmam que ele fugiu com a presen�a de policiais militares no local, sendo que, nesse caso, deveria ter sido levado a um delegado de plant�o e, confirmada a suspeita de embriaguez, preso em flagrante.
  • Ele se apresentou � pol�cia dois dias depois assumindo que estava dirigindo o carro, mas negando que tinha bebido. Ele justificou a fuga dizendo que ficou atordoado. Uma das pessoas que estava dentro da BMW com ele disse que o motorista bebeu em uma boate do Bairro Buritis.
  • C�lio ser� investigado por les�o corporal, abandono do local do acidente e tamb�m pela embriaguez. Se comprovado que os militares foram coniventes com a fuga, eles podem ser responsabilizados. A Corregedoria da PM tamb�m est� investigando o caso.

    (foto: Arte EM)
    (foto: Arte EM)


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