O promotor de Justi�a de Lavras, Carlos Alberto Ribeiro Moreira, informou ontem que o Masp j� liberou a obra de arte, faltando apenas busc�-la na capital paulista. “� preciso um ve�culo climatizado, n�o pode ser qualquer um”, disse. A data de retorno, no entanto, ainda n�o foi marcada, tendo vista o prazo para publica��o de edital e cumprimento dos demais tr�mites legais.
Pertencente � Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio, tamb�m do s�culo 18, de Lavras, a obra de autoria desconhecida ficou no acervo do Masp por mais de 12 anos e tem uma trajet�ria iniciada no fim da d�cada de 1950, quando um estudante do Instituto Gammon, tradicional escola do munic�pio, o encontrou na Igreja de Santana, na comunidade do Funil. Certo de que o templo n�o oferecia condi��es de seguran�a, ele doou a tela ao Masp, uma das maiores institui��es culturais do pa�s, quando j� era um m�sico de renome nos EUA.
A partir de den�ncias de moradores de Lavras, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), via Coordenadoria das Promotorias de Justi�a de Defesa do Patrim�nio Cultural e Tur�stico (CPPC), iniciou negocia��es com o Masp em 2009 e conseguiu a devolu��o. Carlos Alberto explicou que o quadro ser� levado para o Museu de Arte Sacra por quest�es de seguran�a, j� estando tudo acertado com a Diocese de S�o Jo�o del-Rei. “Nada impede que, um dia, o quadro possa voltar � igreja de origem”, disse o promotor, respons�vel pela investiga��o do paradeiro do quadro junto com o coordenador do CPPC, Marcos Paulo.
C�DIGO DE �TICA O retorno do quadro est� dentro de um contexto internacional referente � proced�ncia il�cita de bens culturais. “Os museus t�m um c�digo de �tica e o Masp agiu corretamente”, afirmou Marcos Paulo, certo de que o caso vai abrir precedentes e nortear iniciativas semelhantes. H� exato um ano, o ESTADO DE MINAS contou a trajet�ria de Ver�nica e os entendimentos entre a superintend�ncia do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) em Minas, com os advogados da institui��o paulista. Na �poca, um dos maiores problemas era a seguran�a da igreja de Lavras, tombada pelo Iphan em 2 de setembro de 1948.
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VERDADEIRA IMAGEM
O nome Ver�nica vem da jun��o das palavras “vero” e “�cone”, significando “verdadeira imagem”. Na Semana Santa, � tradi��o ver nas prociss�es uma mulher de rosto coberto por um v�u, entoando um c�ntico em latim e desenrolando um tecido com a face de Cristo. A tela a ser devolvida pelo Museu de Arte de S�o Paulo retrata a mulher piedosa de Jerusal�m que, diante do sofrimento de Jesus ao carregar a cruz, enxugou o rosto Dele, ficando impresso no pano a figura do Nazareno.