(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Pol�cia indicia cabo da PM por morte de caixa de supermercado em assalto

O crime foi no dia 23 de janeiro em um aloja na Rua Par� de Minas, Bairro Padre Eust�quio


postado em 15/05/2015 12:18 / atualizado em 15/05/2015 14:14

A Pol�cia Civil indiciou por homic�dio privilegiado qualificado o cabo da Pol�cia Militar que trocou tiros com um adolescente, durante a tentativa de roubo a um supermercado, no Bairro Padre Eust�quio, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. O crime foi no dia 23 de janeiro e resultou na morte da caixa Graziele Ferreira dos Santos, de 21 anos. Conforme o delegado Rodrigo Bossi, o tiro que matou a jovem partiu da arma do militar, que fazia um “bico” de seguran�a da loja.

Na noite do crime, os assaltantes chegaram em um Fiat Uno e estacionaram perto do com�rcio, que fica na Rua Par� de Minas. Dois deles entraram no supermercado, sendo um adolescente de 17 anos armado que rendeu o fiscal da loja. O PM, que trabalhava como vigia, percebeu a a��o dos bandidos e se posicionou atr�s de uma pilastra, de onde trocou tiros com o assaltante.

Toda a din�mica do crime foi registrada pelas c�meras de circuito interno do supermercado. De acordo com a Pol�cia Civil, os dois primeiros tiros disparados pelo militar acertaram o adolescente, que revidou acertando uma professora cliente da loja. A mulher ficou internada a �poca do crime, mas sem risco de morrer. Mesmo depois que o menor sai correndo do com�rcio, o cabo da PM continuou atirando, sendo que uma das balas acertou as costas de Graziele Ferreira transfixando at� o peito. A funcion�ria trabalhava no local h� apenas cinco meses.

O adolescente foi socorrido pelos comparsas at� a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste, onde morreu ao dar entrada. No mesmo carro, os assaltantes buscaram os pais do menor para leva-los at� o hospital. Esse ve�culo ajudou a pol�cia a identificar um dos envolvidos no crime, que j� teve mandado de pris�o solicitado. Ele continua soltou, porque a Justi�a negou a solicita��o. Os outros comparsas do adolescente ainda n�o foram localizados.

Depoimentos

Conforme o delegado Bossi, na fase de oitiva das testemunhas, quatro funcion�rios do supermercado prestaram depoimento. Orientados por advogados da empresa, eles tentaram, inicialmente, negar que o cabo da PM trabalhasse como vigia. O delegado percebeu a manipula��o dos relatos e pressionou a quinta testemunha a contar a verdade.

Foi comprovado que o militar fazia um “bico” como seguran�a, pois as imagens do circuito interno registraram o PM fazendo rondas pela loja. Ele tamb�m n�o portava qualquer carrinho ou produto que pudesse justificar a presen�a como cliente. Conforme o delegado, depois de algum tempo, o pr�prio policial confessou que trabalhava esporadicamente como seguran�a da loja.

Sobre o falso testemunha dos funcion�rios, a pol�cia pode intim�-los posteriormente.

Para o indiciamento, o delegado levou em conta os tr�s erros do militar: fazer trabalho informal no supermercado, ter atirado contra os assaltantes e ir embora da loja sem prestar socorro. Conforme a pol�cia, as imagens mostram o PM saindo do com�rcio logo depois da troca de tiros. O delegado considerou homic�dio privilegiado qualificado porque o policial n�o agiu em leg�tima defesa. O PM percebeu a a��o dos bandidos e se posicionou para atirar contra os envolvidos.

Conforme Bossi, a empresa estava burlando a lei trabalhista ao contratar o militar para o trabalho de vigilante. O cabo est� respondo ao crime em liberdade, porque o delegado entendeu que ele colaborou com as investiga��es e n�o tem inten��o de prejudicar nenhuma testemunha. Bossi enviar� oficio � Corregedoria da PM, que acompanhou o caso na �poca, e ao Minist�rio do Trabalho, para tomar provid�ncias em rela��o ao supermercado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)