
Ansiosos por retomar a rotina de atividades f�sicas, brincadeiras e divers�o na Pra�a Carlos Chagas, mais conhecida como Pra�a da Assembleia, moradores do Bairro Santo Agostinho, na Regi�o Centro-Sul, e frequentadores do espa�o de lazer voltam, aos poucos, a se apropriar da �rea verde, mesmo antes do fim das obras de revitaliza��o do local. A reforma teve in�cio h� um ano e prev� a cria��o de novo playground, de espa�o para lazer e sociabilidade de idosos, readequa��es e preserva��o paisag�stica dos jardins projetados por Burle Marx, tombados pelo patrim�nio hist�rico. Com o cronograma atrasado, as interven��es deveriam ter sido conclu�das em mar�o. Mas, no local, tapumes ainda fecham a �rea do parquinho e sinais do trabalho de oper�rios est�o no coreto e em outros espa�os da pra�a.
O retorno antecipado da popula��o faz sentido. Por causa do fechamento da pra�a, muita gente sentiu falta dos momentos de lazer no espa�o p�blico. “A gente vinha todos os dias no fim da tarde, depois da aula da Gabriela, para brincar no parquinho e eu tamb�m corria aqui. Com a pra�a fechada, perdemos este lazer ao ar livre”, afirma a administradora Viviane Nassif, de 39 anos. O marido dela, o advogado Gustavo Nassif, de 44, criticou o tempo de obra. “A pra�a realmente precisava passar por uma reforma. Mas demoraram muito. Deveriam ter cumprido o cronograma correto”, disse. De modo geral, ambos elogiaram as mudan�as. “Est� ficando muito bonita. Estamos ansiosos para vir e voltar a aproveitar a pra�a”, disse Viviane.

De passagem ontem pela Carlos Chagas, a bab� Claudeni Alves, de 37, brincava com a crian�a que toma conta, filho de uma fam�lia residente em Lourdes (Centro-Sul). A mulher lembra do tempo em que todos podiam brincar por ali no fim de tarde. “Estou ansiosa, aguardando o fim da obra, porque aqui � um lugar muito agrad�vel para a crian�ada”, afirma. O pipoqueiro Carlos Alberto Ferraz, de 48, que h� cerca de 15 anos trabalha nas imedia��es da pra�a, tamb�m j� voltou a demarcar seu ponto de venda. “A inaugura��o j� deveria ter ocorrido, porque sem evento aqui e sem movimenta��o de pessoas, o preju�zo foi grande”, disse.
MORADOR DE RUA Nos �ltimos anos, a Pra�a da Assembleia entrou na rota de um dos maiores desafios sociais de BH e passou a ser ponto de circula��o da popula��o de rua que por ali cozinhava, lavava roupas e passava o dia. Com as obras, eles migraram para outras �reas da capital. Mas mesmo n�o estando ainda completamente aberta aos frequentadores, j� h� sinais de que o desafio permanece. Na tarde de ontem, um morador de rua dormia dentro do coreto, que ainda estava cercado por tela. E pelo ch�o, pertences como sapatos e garrafas indicavam a passagem deles por ali.
A obra da reforma da Pra�a da Assembleia est� sendo financiada pela ALMG e executada pela Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). O �rg�o municipal foi procurado para repercutir o atraso e informar qual � a data para a reabertura da pra�a, mas n�o atendeu �s liga��es do Estado de Minas.
