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Estado de Minas

Copasa atende mais de 620 vazamentos por dia em quatro meses

Em quatro meses, Opera��o Ca�a-Gotas da Copasa foi acionada para conter 75,3 mil falhas na rede da Grande BH. Espera caiu 50%, mas redu��o das perdas ainda n�o foi divulgada


postado em 01/07/2015 06:00 / atualizado em 01/07/2015 07:30

Equipe descobriu mais que um vazamento no Bairro Santa Tereza: perda ocorria também por 'gato' na rede (foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
Equipe descobriu mais que um vazamento no Bairro Santa Tereza: perda ocorria tamb�m por 'gato' na rede (foto: Euler J�nior/EM/D.A PRESS)
O chamado pelo telefone para a Copasa dava conta de um barulho incessante na Rua Teixeira Soares, no Bairro de Santa Tereza, Regi�o Leste de Belo Horizonte, que parecia ser �gua sob press�o, mas no passeio e no asfalto n�o havia vest�gios de vazamento. A suspeita dos agentes da companhia de �gua era de uma perda n�o vis�vel, no subterr�neo. Depois de escavar o passeio de cimento com golpes de alavanca e p�, a suspeita se confirmou quando um jato de �gua come�ou a jorrar da terra vermelha. Contido o problema, outro apareceu: uma conex�o clandestina, popularmente chamada de “gato”, desviava �gua do duto principal que vinha da rede, antes de chegar ao hidr�metro. As situa��es encontradas ontem por uma equipe da Opera��o Ca�aGotas s�o apontadas pela estatal de saneamento como respons�veis pela perda de 40% da �gua distribu�da pela empresa. S� de fevereiro a maio, os 80 integrantes da equipe foram acionados para conter 75.306 vazamentos na Grande BH, m�dia de 627 chamados por dia. A estatal calcula que conseguiu cortar pela metade o tempo de espera para atender a essas demandas, mas ainda n�o tem c�lculo de quanto economizou com isso.


A for�a-tarefa da Copasa foi estruturada justamente para tentar estancar um dos problemas que podem levar a Grande BH a enfrentar racionamento. Outros dois fatores que podem pesar para definir a restri��o de uso s�o a necessidade de economia de 30% do consumo e o retorno das chuvas. Com o trabalho do Ca�aGotas, a Copasa estima ter reduzido em 50% o tempo de solu��o de um vazamento, que passou de nove horas para quatro horas e 30 minutos. No ano passado, s� em Belo Horizonte, a estatal de �gua esgoto lidou com 54 mil pontos em que a �gua se esvaia por trincas, rachaduras e rupturas de conex�es, m�dia de 148 di�rios. Naquele ano foram descobertos e interrompidos 1.044 conex�es clandestinas. Quando � descoberto um gato, como o que foi localizado na Regi�o Leste, o fornecimento para o duto � interrompido e os usu�rios s�o autuados, com pagamento de multa baseada na m�dia de consumo do im�vel.


O rastreamento dos vazamentos e gatos pelas ruas � feito com uma sonda eletr�nica chamada geofone, que amplifica as ondas sonoras e permite aos fiscais escutar a �gua correndo para fora do encanamento ou em dire��o a uma ramifica��o clandestina. Em um dos vazamentos encontrados em Santa Tereza, quem descobriu o problema foi um morador. Mesmo n�o vendo a �gua, a preocupa��o dele era de que o fluxo abalasse as funda��es de sua casa. No entanto, para o al�vio do consumidor, os agentes identificaram que a �gua tratada estava escoando para o esgoto.

 

FONTE DE PROBLEMAS NA PRA�A N�o � apenas a rede da Copasa que causa desperd�cio. O sistema de irriga��o da Pra�a Raul Soares tamb�m apresenta defeitos e, quando o sistema � acionado, a �gua tratada jorra pelo meio do gramado e escorre pelo cal�amento e asfalto at� as grelhas da drenagem pluvial. A Prefeitura de Belo Horizonte informou que a Ger�ncia de Jardins e �reas Verdes da Regional Centro-Sul j� foi acionada para verificar o problema na pra�a. Como os demais clientes da Copasa, o munic�pio tamb�m foi convocado a economizar 30% do seu consumo para ajudar a impedir um poss�vel racionamento, mas na Grande Belo Horizonte, desde o lan�amento das campanhas da Copasa, em janeiro, a meta de 30% de economia ainda n�o passou da metade desse �ndice.

Em bairros como Planalto e Cai�ara, o Estado de Minas encontrou sequ�ncias de casas despejando �gua usadas para lavar garagens e regar jardins, l�quido tratado que se perdeu pelas ruas. Em um posto de abastecimento do Cai�ara, na Regi�o Noroeste, a fila de ve�culos era lavada com jatos de mangueiras ligadas a compressores. O chefe de pista do posto, Cristian Roberto Moreira dos Santos, disse que a economia de 30% est� sendo alcan�ada com a redu��o do tempo de lavagem. “Antes, a gente gastava em m�dia 15 minutos para lavar um carro. Agora n�o pode passar de 10 minutos”, disse.

Os reservat�rios do Sistema Paraopeba, que abastecem 30% da Grande BH, se encontram em estado de restri��o de consumo, com volume em 36,5%, e o Rio das Velhas est� em estado de aten��o, com vaz�o de 15,6 m3/s, em Nova Lima. Uma das apostas da Copasa � poder injetar mais 5 m3/s do Rio Paraopeba, at� agosto, com a constru��o de nova capta��o que foi iniciada no m�s passado.

 


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