
Gilm�ria Silva Patroc�nio conseguiu registrar como filho dela a crian�a retirada do ventre da jovem de 21 anos assassinada em Ponte Nova, na Zona da Mata. De acordo com a delegada regional Iara de F�tima Luiz Gomes, a mulher de 33 anos, assassina confessa de Patr�cia Xavier da Silva, pode ter registrado o menino ainda na sexta-feira, quando deu entrada no hospital da cidade afirmando ter dado a luz em casa. "O menino foi registrado como filho dela. A regra geral � registrar a crian�a ainda na maternidade, por isso ela pode ter feito o procedimento ainda no dia do desaparecimento de Patr�cia", diz a policial.
A mulher e Herly Mar�al, andarilho suspeito de envolvimento no crime, est�o presos na penitenci�ria de Ponte Nova, mas as investiga��es continuam. De acordo com a delegada, a hip�tese de uma terceira pessoa ter participado do assassinato � cada vez menor. At� o momento em que Gilm�ria entrou no im�vel onde o corpo foi encontrado, ela foi vista por testemunhas apenas na companhia da v�tima. "Se aconteceu de ter mais algu�m envolvido, essa pessoa estava dentro do pr�dio", diz Iara.
A linha de investiga��o que aponta somente os dois como os autores do crime � refor�ada pela descoberta de vers�es falsas nos depoimentos de Gilm�ria e Henry. Segundo a delegada, a mulher apresentou tr�s vers�es e uma delas, contada antes de confessar o crime, condiz com o que disse o andarilho. A dupla contou � pol�cia que um carro vermelho foi visto no local e que duas pessoas foram vistas subindo com o corpo. No entanto, a hist�ria foi desmentida e a pol�cia suspeita que ela tenha sido combinada entre os dois. A vers�o � ainda mais fraca porque Henry se confundiu e disse ora que eram um homem e uma mulher, ora que eram dois homens.
Filhos em outros relacionamentos
De acordo com a delegada regional, Gilm�ria tem filhos em com outros companheiros e temia ser abandonada por n�o ter uma crian�a no atual relacionamento. A mulher disse ao marido que estava gr�vida e tramou o assassinato de Patr�cia para ficar com a crian�a.
“A autora diz que simulou uma gravidez e, sendo assim, uma hora a crian�a tinha que nascer. Ela inventou uma hist�ria de que tinha roupas de beb� e um ber�o para doa��o, conquistando a confian�a da v�tima, de quem j� era conhecida”, informou o delegado titular do caso Silv�rio Rocha Aguiar. Segundo ele, Gilm�ria j� conhecia Patr�cia, inclusive, chegou a colocar piercing no umbigo dela e de uma irm�.
(Com informa��es de Guilherme Parana�ba)