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Estado de Minas

Quantidade de buracos nas vias de Belo Horizonte assusta motoristas

Ainda faltam pelo menos dois meses para a temporada de chuvas, mas, mesmo com o clima seco, condi��es ruins de algumas vias importantes da cidade assustam motoristas


postado em 27/07/2015 06:00 / atualizado em 27/07/2015 07:30

Na Rua Montes Claros, próximo ao Pátio Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o grande buraco é o pesadelo de quem circula pela área e corre risco de acidentes(foto: Euler Júnior/EM/DA Press)
Na Rua Montes Claros, pr�ximo ao P�tio Savassi, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, o grande buraco � o pesadelo de quem circula pela �rea e corre risco de acidentes (foto: Euler J�nior/EM/DA Press)

A temporada de chuvas s� come�a oficialmente em dois meses, mas mesmo sem a �gua se infiltrando no asfalto e abrindo fissuras, o grande n�mero de buracos nas vias da capital mineira tem incomodado motoristas e especialistas em transporte e tr�nsito. A impress�o que se tem � que o n�mero desses obst�culos est� aumentando e a redu��o da quantidade de buracos reparados nos �ltimos tr�s anos refor�a essa sensa��o. No ano passado, por exemplo, o n�mero de coberturas de pavimentos danificados nas opera��es tapa-buracos caiu 10,5% na compara��o com o ano anterior, de 300.349 obst�culos cobertos com asfalto para 268.548, sendo que o resultado de 2013 j� tinha sido 3,6% menor (veja quadro). Nas ruas, motoristas reclamam de passar por vias em m�s condi��es de conserva��o, com buracos abertos h� mais de quatro meses, at� mesmo em �reas mais movimentadas, como o entorno de centros comerciais como os shoppings P�tio Savassi, na Regi�o Centro-Sul, e Del Rey, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte.

As opera��es tapa-buraco s�o de responsabilidade das secretarias de administra��o regionais da PBH, enquanto os trabalhos de recapeamento e restaura��o de pavimento s�o atribui��es da Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Tapar buraco � uma medida paliativa, apenas para que a via n�o se torne intransit�vel e ocorram acidentes at� uma manuten��o mais duradoura, avalia o especialista em transporte e tr�nsito e professor da Universidade Fumec, M�rcio Aguiar. “Tapa-buraco n�o resolve nada. Na primeira chuva, com tr�fego intenso em cima, o buraco volta”, afirma. Dois outros processos s�o ainda empregados na manuten��o das vias: o recapeamento, que consiste em instalar uma camada de asfalto no trecho danificado, e o restauro, que � a remo��o do asfalto ruim e a recomposi��o do segmento.


Operações de reparos de pavimento diminuem ano após ano (clique para ampliar)(foto: Arte EM)
Opera��es de reparos de pavimento diminuem ano ap�s ano (clique para ampliar) (foto: Arte EM)
A redu��o do n�mero de buracos tapados foi verificada em cinco das nove regionais da capital, sendo que nas administra��es Nordeste, Leste, Venda Nova e Barreiro houve aumento dos servi�os na compara��o 2014/2013. As duas regi�es onde o �ndice de reparos mais diminuiu foram a Noroeste (-22,4%) e a Centro-Sul (-21,3%). Na Avenida do Contorno e nas ruas Lavras e Montes Claros, no entorno do Shopping P�tio Savassi, no Bairro S�o Pedro, a deteriora��o do asfalto e os buracos que se abriram mesmo na esta��o seca j� duram mais de quatro meses, de acordo com os motoristas e moradores do local, mesmo sendo espa�os de intenso movimento e interesse econ�mico. “Estou fazendo uma obra no restaurante aqui da Rua Montes Claros e observo esse buraco s� aumentando. � uma vergonha. E olha que � em �rea nobre. Imagine na periferia”, disse o pedreiro Alberto Faria, de 33 anos. O buraco a que ele se refere faz mais do que assustar os condutores que dirigem muito pr�ximos uns dos outros e n�o conseguem desviar da abertura de 90 cent�metros de comprimento, com 12 cent�metros de profundidade. Quem enxerga a tempo costuma se arriscar invadindo a contram�o para se desviar do obst�culo.

Morador da região, o estudante Lucas reclama bastante do asfalto ruim no entorno do Shopping Del Rey(foto: Euler Júnior/EM/DA Press)
Morador da regi�o, o estudante Lucas reclama bastante do asfalto ruim no entorno do Shopping Del Rey (foto: Euler J�nior/EM/DA Press)


TRINCAS PROFUNDAS No entorno do Shopping Del Rey, a Avenida Del Rey e a Rua Alabandinha, vias de acesso ao centro comercial, apresentavam trincas profundas em longos trechos e dois buracos com quase um palmo de profundidade. “Parece que voc� est� rodando numa ro�a. O carro pula o tempo inteiro e faz muito barulho. Os motoristas precisam reduzir a velocidade para n�o cair nos buracos e, com isso, nos hor�rios de pico, o tr�nsito s� piora”, reclama o universit�rio Lucas Teixeira Souza, de 23, que mora na regi�o e estacionou no entorno para fazer compras. Depois de a reportagem entrar em contato com a Administra��o Regional Noroeste os dois buracos foram tapados, mas o asfalto continua degradado.

Dário Lúcio diz que na Avenida Sebastião de Brito não há mais o que fazer, a não ser substituir a cobertura asfáltica(foto: Euler Júnior/EM/DA Press)
D�rio L�cio diz que na Avenida Sebasti�o de Brito n�o h� mais o que fazer, a n�o ser substituir a cobertura asf�ltica (foto: Euler J�nior/EM/DA Press)
PBH diz que investe mais no recapeamento

A redu��o das opera��es tapa-buracos, de acordo com nota da PBH, se deve ao aumento das a��es de recapeamento das vias da cidade. Contudo, motoristas e especialistas ouvidos pelo EM alegam n�o ter percebido o crescimento desse tipo de a��o frente � prolifera��o de buracos. Al�m disso, recapear, segundo o especialista em transporte e tr�nsito e professor da Universidade Fumec, M�rcio Aguiar, tamb�m � uma medida de dura��o limitada, sendo considerado ideal o restauro do pavimento. “O recapeamento tamb�m n�o � algo definitivo. � uma cobertura por cima de um pavimento que est� defeituoso. Pode durar um ano ou um pouco mais, mas as fissuras e rachaduras da camada inferior acabam repercutindo mais uma vez na nova camada”, alerta. “O restauro do asfalto � que traz maior seguran�a. Voc� remove o pavimento antigo, recomp�e o leito da via que estiver com problemas e traz um novo asfalto. � o melhor custo-benef�cio, porque o pavimento se mant�m por at� 10 anos”, estima.


J� necessitam desse tipo de a��o vias como a Avenida Sebasti�o de Brito, que liga a Pampulha � Regi�o Norte, e que tem trechos t�o longos de buracos e asfalto deteriorado. Na opini�o de especialistas e motoristas s� um restauro amplo resolveria. As chuvas ainda n�o come�aram e, mesmo assim, os buracos dessa via est�o aumentando. O motivo � que as trincas do asfalto est�o cedendo e deixando aberturas como pe�as de quebra-cabe�a, com bordas agudas que podem danificar pneus e rodas. “Aqui n�o adianta mais remendar. Isso � desperd�cio de recursos. Se n�o fizerem outro asfaltamento logo a buracada volta”, afirma o comerciante Dario L�cio Pires, de 60.

Mas, ainda que n�o seja o ideal, enquanto o restauro n�o ocorre, os paliativos s�o pelo menos uma garantia de seguran�a. “N�o pode � ficar com os buracos. Uma via asfaltada com buracos � pior do que uma de terra, porque os motoristas trafegam em velocidades mais altas e por isso podem ser obrigados a fazer manobras bruscas e causarem danos maiores aos ve�culos ao ca�rem, por exemplo, num buraco cheio de �gua”, salienta M�rcio Aguiar.


A Regional Pampulha informou que atende todas as solicita��es de tapa-buracos dentro do prazo, que � de cinco dias �teis, e que atualmente n�o h� solicita��es pendentes ou em atraso. A Administra��o Noroeste afirma que os atendimentos de manuten��o ocorrem diariamente. A Regional Centro-Sul informou que o entorno do Shopping P�tio Savassi seria inclu�do nas manuten��es.

 


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