
O passeio para curtir o sol e a natureza virou pesadelo para sete jovens entre 16 e 23 anos, na tarde de s�bado. Eles passaram a noite em uma mata entre os munic�pios de Caet� e Raposos, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, depois de serem assaltados por dois homens. O grupo foi � Cachoeira de Santo Ant�nio, em Morro Vermelho, distrito de Caet�, e na volta acabou surpreendido pelos assaltantes, que roubaram roupas, celulares, dinheiro e outros pertences. Os cinco rapazes do grupo foram deixados apenas de cueca. Eles foram impedidos pelos ladr�es de seguir a trilha rumo a Raposos. Com isso, ficaram perdidos e apenas na manh� de ontem foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros, quase 24 horas depois de come�arem a trilha com extens�o de 10 quil�metros.
Uma das jovens que fazia parte do grupo, que preferiu n�o se identificar, contou que todos s�o moradores de Nova Lima e Contagem, tamb�m na Grande BH. “Pegamos um �nibus para Raposos com a inten��o de fazer a trilha para a Cachoeira Santo Ant�nio. Come�amos por volta das 9h. Na volta, entre as 15h e as 16h, fomos surpreendidos por dois homens. Eles n�o mostraram arma, mas fizeram men��o de estar armados”, afirmou.
Segundo ela, os bandidos exigiram os pertences como celulares, dinheiro, roupas, cal�ados e at� alimentos que eles levavam. Dos sete amigos, os cinco homens foram deixados de roupas �ntimas, informa��o confirmada pelo tenente Herman Ameno, do 1º Batalh�o do Corpo de Bombeiros. “Nem todos os celulares foram roubados, o que permitiu o contato com eles. Mas o local apresentava um sinal intermitente e s� conseguimos chegar at� eles na manh� de hoje (ontem), por meio de coordenadas de GPS que foram repassadas”, diz o militar.
O grupo foi transportado de helic�ptero de um local aberto para um campo de futebol em Morro Vermelho, onde foi recepcionado pelos pais. A ocorr�ncia foi registrada pela Pol�cia Militar de Raposos. Indignada com o assalto, a jovem fez um desabafo: “A viol�ncia est� impedindo a gente de fazer uma atividade de que tanto gosta. Alguns v�o encerrar por a� e acredito que n�o far�o mais trilhas. Quem quiser fazer um passeio desse tipo deve pesquisar bem o hist�rico da regi�o e andar, de prefer�ncia, em grupos bem grandes, que � uma forma de prote��o maior”.
RISCO Outro jovem, que tamb�m pediu anonimato, disse que ainda n�o sabe se vai arriscar outros passeios do tipo: “A gente sabe que a viol�ncia existe em todo lugar, mas s� quando acontece com voc�, � que pensa se a aventura vale o risco”. Passar a noite na mata de cueca, foi o maior desafio. “Nunca senti tanto frio”, completou.