
O principal problema observado na Pra�a Sete antes da mudan�a de ontem era a confus�o entre carros que faziam as entradas � direita e os pedestres que nunca respeitavam o sinal voltado para os transeuntes. Agora, n�o existe mais essa preocupa��o. O pedestre que estiver na Amazonas precisa olhar apenas os carros que v�m da Afonso Pena, e vice-versa. “S� aquele que come�ar a atravessar no finalzinho do sinal verde que n�o vai conseguir fazer a travessia completa e vai parar no canteiro central. Todos os outros que come�arem a travessia v�o termin�-la concluindo as duas etapas no mesmo movimento”, afirma o superintendente de Implanta��o e Manuten��o da BHTrans, Jos� Carlos Ladeira. Ele aponta que essa � a 21ª interven��o dentro do Mobicentro. Os pr�ximos passos ser�o feitos com o foco voltado especialmente para os corredores Amazonas e Bias Fortes, al�m de uma interven��o pontual na Afonso Pena, na altura da Pra�a ABC. A Rua Cl�udio Manoel n�o chegar� mais � esquina de Get�lio Vargas e Afonso Pena e o fluxo ser� desviado para a Piau�, que passar� a atravessar a Get�lio Vargas.
Jos� Carlos Ladeira explica que um dos norteadores das mudan�as promovidas pela BHTrans � o aumento do tempo destinado aos pedestres. Segundo ele, 78% das interse��es de Belo Horizonte que s�o reguladas por sem�foros possuem sinal exclusivo para os pedestres. Para garantir a travessia dessas pessoas antes do Mobicentro, que come�ou a ser colocado em pr�tica em outubro de 2013 com as mexidas na Pra�a da Esta��o, a empresa que comanda o tr�fego na cidade considerava que um pedestre se locomovia a uma velocidade de 1,3 metro por segundo. Atualmente, a BHTrans considera uma velocidade menor, de 0,9 metro por segundo, o que demanda mais tempo para garantir atravessamentos mais seguros. Ontem, pedestres chegaram a estranhar o tempo que dispunham na Pra�a Sete. “Melhorou bastante. Quando comecei a conversar com voc� estava abrindo. Agora, terminei e ainda est� aberto”, brinca o auxiliar administrativo Tiago C�sar da Cruz, de 29. “O fato de precisar olhar apenas para um fluxo de ve�culos na hora de atravessar ajuda bastante. Acho que o grande problema era a confus�o com quem entrava � direita”, diz o padeiro Josemir Gon�alves, de 41.
ESTACIONAMENTOS Os novos movimentos para substituir as convers�es � direita n�o agradaram alguns motoristas, como o m�sico Rog�rio de Souza, de 42. “Parava meu carro no estacionamento atr�s do posto Uai, na Amazonas. Agora, preciso dar uma volta gigante, passando pela Caet�s, que est� sempre agarrada. N�o vi nenhuma melhoria”, critica. No estacionamento em quest�o, o gerente Alcides Soares disse que o impacto ontem foi muito grande. Por volta das 11h, quando o normal era uma ocupa��o total das 100 vagas cobertas, 24 vagas estavam ociosas. Na parte de cima, que tem mais 100 vagas abertas, n�o havia nenhum carro parado, sendo que o mais comum � uma ocupa��o em torno de 70% para o hor�rio. “N�o vejo outra explica��o que n�o essas mudan�as de hoje (ontem) na Pra�a Sete”, diz o gerente.
Nos casos pontuais, o professor Guilherme Leiva, que � coordenador do curso de Engenharia de Transportes do Cefet, diz que o mais comum s�o as reclama��es por conta da mudan�a de tra�ado. “As pessoas que j� t�m uma rotina usando aquelas vias para acessar os seus destinos finais passam por um per�odo de adapta��o que vai de um a tr�s meses, normalmente. J� para os demais a mudan�a tende a ser positiva, porque todas as faixas ganham mais fluidez no momento em que n�o existe a redu��o de velocidade para fazer a convers�o. No caso do pedestre, a mudan�a ajuda tamb�m aqueles com mobilidade reduzida”, diz o especialista. O superintendente Jos� Carlos Ladeira diz que na Pra�a Sete passam 330 mil pedestres todos os dias e a mudan�a tira da pra�a os ve�culos que n�o t�m a necessidade de passar por ali, podendo fazer outros caminhos onde o conflito com os transeuntes � menor.