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Estado de Minas

Segundo protesto contra alta das tarifas percorre o Centro e termina de forma pac�fica

Manifestantes voltaram �s ruas nesta sexta-feira e foram da Pra�a Sete at� a Pra�a da Liberdade, voltando ao ponto de origem. Tr�nsito ficou lento e prejudicou atendimentos m�dicos, mas n�o houve conflito e ningu�m foi detido


postado em 14/08/2015 22:10 / atualizado em 14/08/2015 23:37

Ver galeria . 53 Fotos Gladyston Rodrigues/EM/D A Press
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D A Press )

A segunda manifesta��o contra o aumento das passagens em Belo Horizonte surpreendeu pela tranquilidade nesta sexta-feira. O n�mero de manifestantes diverge, sendo 700 para a PM e 3 mil para os organizadores. As pessoas circularam pelo Centro da capital acompanhadas por 500 policiais, durante quatro horas. Ao contr�rio do progn�stico, considerando o conflito que transformou a Rua da Bahia em uma pra�a de guerra na �ltima quarta-feira, com feridos e 60 pessoas presas, a passeata correu bem e nenhum manifestante foi detido. Por�m, devido � lentid�o no tr�nsito, tr�s atendimentos m�dicos foram prejudicados, segundo a pol�cia. Em um deles uma pessoa morreu de parada card�aca ap�s passar mal em um �nibus.

A concentra��o para o protesto come�ou por volta das 17h no quarteir�o fechado da Rua Rio de Janeiro, em frente � Pra�a Sete, onde a viaturas da pol�cia militar e da BHTrans j� se reuniam, cercando todos os lados do espa�o. Aos manifestantes do Tarifa Zero se juntaram a integrantes do Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e moradores das ocupa��es da regi�o da Granja Werneck. Al�m de protestar contra o reajuste da tarifa, eles cobravam uma solu��o para a situa��o das comunidades Rosa Le�o, Esperan�a e Vit�ria, que se reuniriam com a PM hoje para discutir os detalhes da sa�da do terreno. O encontro foi cancelado por causa da manifesta��o.

A caminhada come�ou por volta das 18h. Eles seguiram pela Avenida Afonso Pena inicialmente com destino � Pra�a da Savassi. Orientados pela Pol�cia Militar, fizeram um cord�o para deixar a faixa de emerg�ncia da pista liberada no sentido Mangabeiras, mas o tr�nsito ficou lento na regi�o. No entanto, em alguns pontos do trajeto, eles n�o conseguiram cumprir o acordo da libera��o da via, devido ao grande n�mero de pessoas. Acompanhados de tambores e segurando faixas contra o aumento, eles gritaram palavras de ordem por todo o trajeto.

Os manifestantes caminharam at� a Avenida Get�lio Vargas, no Bairro Funcion�rios, e seguiram para a Pra�a da Liberdade, de onde retornaram ao Centro passando pela Avenida Jo�o Pinheiro e depois para a Afonso Pena. De volta � Pra�a Sete, eles comemoraram o sucesso da manifesta��o e deram um abra�o simb�lico no obelisco, marcando o fim do protesto. Alguns manifestantes disseram que na pr�xima segunda-feira v�o se reunir debaixo do Viaduto Santa Tereza para discutir a desocupa��o da Granja Werneck.

MORTE NO CENTRO Durante a manifesta��o, um homem de 63 anos morreu ap�s passar mal dentro de um �nibus que estava parado no congestionamento. O coletivo passava pela Avenida Amazonas, pr�ximo ao Mercado Central, quando os passageiros informaram a situa��o ao motorista da linha 1502 (Vista Alegre/Guarani). O homem recebeu atendimento da PM e de m�dicos do Samu. Os policiais militares tiraram o homem do �nibus e colocaram em uma viatura para levar a algum hospital.

Quando estavam saindo, uma ambul�ncia do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) passou pela regi�o e a equipe m�dica realizou o atendimento ainda no local. Os m�dicos tentaram reanimar a v�tima por 30 minutos, mas ela n�o resistiu. O homem foi identificado como Ivail Jorge Augusto Cezarino. Horas mais tarde, o coronel Robson Queiroz, do Comando de Policiamento da Capital (CPC), informou que cerca de oito pedras de crack foram encontradas dentro do sapato da v�tima. O corpo foi levado para o Hospital Odilon Behrens, na Regi�o Noroeste de BH.

O coronel tamb�m cita que h� outros dois relatos de presta��es de socorro prejudicadas devido � lentid�o no tr�nsito. Uma delas � uma idosa que precisou de atendimento no Bairro Cora��o Eucar�stico, na Regi�o Noroeste, e foi levada para o Hospital S�o Lucas. O motorista reclamou que o trajeto normalmente feito em 15 minutos, demorou 40. A outra paciente acionou a PM em um hospital particular, alegando ter sido prejudicada por causa do tr�nsito.

AVALIA��O DO PROTESTO “Com rela��o ao trajeto, ao que foi solicitado e desta vez atendido em negocia��o, transcorreu de forma tranquila. Foi liberada uma faixa, a faixa de emerg�ncia da Avenida Afonso Pena, o que permitiu o tr�nsito de ve�culos, o que n�o aconteceu da outra vez”, explica o coronel Queiroz. “E no momento em que ela se encerra, at� o momento, nenhum incidente diretamente relacionado com a manifesta��o, durante a manifesta��o. Somente esses fatos relacionados � presta��o de socorro”.

Para o comandante do CPC, o saldo da manifesta��o � positivo e a boa intera��o com as lideran�as do movimento foi fundamental para garantir a paz durante o ato. “A postura da pol�cia � sempre de iniciar uma negocia��o para que tudo seja da melhor forma poss�vel”, comenta o militar. “Quando somos atendidos, quando a negocia��o surte efeito, quando as pessoas entendem o que estamos querendo dizer, quando se entende que n�o h� nenhum cerceamento ao direito � livre manifesta��o e sim a garantia desse direito, mas tamb�m preservando outros direitos de outras pessoas que n�o est�o manifestando, tudo tende a transcorrer bem, mesmo quando a manifesta��o n�o � comunicada previamente”.


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