
De janeiro a junho de 2015, 283 mulheres foram assassinadas em Minas Gerais, uma m�dia de 47,1 v�timas por m�s. Em Belo Horizonte, os casos de viol�ncia dom�stica e familiar cresceram. Os n�meros in�ditos, que tra�am um verdadeiro mapa da viol�ncia contra o sexo feminino no estado, foi divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). O Diagn�stico de Viol�ncia Dom�stica e Familiar nas Regi�es Integradas de Seguran�a P�blica de Minas Gerais, produzido pelo Centro Integrado de Informa��es de Defesa Social (Cinds) revela dados registrados de janeiro de 2013 a junho de 2015. O perfil das v�timas e o tipo de relacionamento com o agressor praticamente n�o se alteraram nesse per�odo.
O levantamento tamb�m mostra que o n�mero de v�timas de assassinatos em Minas Gerais se manteve praticamente est�vel na compara��o entre os primeiros semestres de 2013 (288), 2014 (284) e de 2015 (283). Nos primeiros seis meses de 2015 frente ao mesmo intervalo de 2014, houve leve queda na taxa de homic�dios de mulheres no ambiente dom�stico e familiar por 100 mil habitantes (1,35 contra 1,36). No primeiro semestre de 2013, a taxa foi de 1,39.
A soma dos registros que englobam v�rias modalidades de viol�ncia tipificadas na Lei Maria da Penha teve alta de 3,4% em 2015 em rela��o ao mesmo per�odo de 2014, embora tenha sido levemente menor do que a do primeiro semestre de 2013.
Na capital, o n�mero de ocorr�ncias de viol�ncia dom�stica e familiar contra a mulher teve alta de 0,9% no primeiro semestre de 2015, com 7.416 casos, contra 7.351 nos seis primeiros meses de 2014. J� o n�mero de homic�dios contra mulheres teve queda: 13% em n�meros absolutos (40 a 46) e 13,7% na taxa por 100 mil habitantes (1,57 contra 1,82).

Maioria sofre agress�es f�sicas
Ainda conforme o levantamento, no ambiente dom�stico e familiar, o tipo criminal contra a mulher que prevalece em Minas Gerais � a viol�ncia f�sica, que re�ne les�o corporal, homic�dio e vias de fato/agress�o, respondendo por 46% dos casos. Em seguida, aparece a viol�ncia psicol�gica, que representa mais de 40% dos registros. Est�o enquadrados nessa categoria, segundo a Lei Maria da Penha, abandono material, atrito verbal, constrangimento ilegal, maus tratos, perturba��o do trabalho ou do sossego alheio, sequestro e c�rcere privado e viola��o de domic�lio.
As demais naturezas t�m baixa representatividade sobre o total. Por exemplo, a viol�ncia sexual, que compreende ass�dio, estupro, estupro de vulner�vel, importuna��o ofensiva ao pudor e outras infra��es contra a dignidade sexual da fam�lia tem uma participa��o de 1% nos registros de viol�ncia familiar e dom�stica contra a mulher. Em 2013, a viol�ncia f�sica correspondia a 46% dos casos e 40% de viol�ncia dom�stica. No ano seguinte, foram 47% casos de viol�ncia f�sica e 42% de viol�ncia dom�stica. A viol�ncia sexual corresponde a 1% de 2013 a 2015.