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Estado de Minas

Moradores reclamam da situa��o de abandono da Pra�a Raul Soares

J� com quase 2,5 mil ades�es, abaixo-assinado virtual cobra a��es da PBH para preservar a Raul Soares e solucionar a situa��o dos moradores de rua que montaram barracas no local


postado em 23/09/2015 06:00 / atualizado em 23/09/2015 07:55

Grupo de moradores de rua ocupa gramado, que foi transformado em uma espécie de
Grupo de moradores de rua ocupa gramado, que foi transformado em uma esp�cie de "�rea de camping". Legisla��o engessa a��o da PM (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

A quest�o agora � muito mais complicada do que uma mulher que usava a Pra�a Raul Soares, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, para se refrescar todo fim de tarde deitada na grama, de mai�, ao lado da fonte luminosa que havia sido reformada e que tocava m�sica cl�ssica, em 2008. Hoje, moradores de rua tomaram conta do lugar, vivem em barracas de camping e usam a fonte, que continua luminosa, mas sem m�sica, para tomar banho e lavar roupas, bem diante dos olhos da Pol�cia Militar e da Guarda Municipal. Numa tentativa de salvar a pra�a, um abaixo-assinado na internet, feito por meio da plataforma change.org, cobra solu��es da Prefeitura de Belo Horizonte para a situa��o do espa�o, uma das principais �reas verdes da capital, que hoje n�o est� t�o verde, devido ao vandalismo. A meta do idealizador do documento � colher 2,5 mil assinaturas para que o documento seja direcionado ao Executivo municipal. Na noite de ontem, faltavam apenas 18 assinaturas.

H� v�rios anos o local � ocupado por moradores de rua, que ficam acampados na grama. O texto da peti��o cita tamb�m a criminalidade no local. “Os ladr�es aproveitam o ambiente para os assaltos. � noite pode se ver de tudo, prostitui��o, drogas, basta passar l� para conferir. Por que a Prefeitura de Belo Horizonte n�o faz alguma coisa para mudar essa realidade?”, questiona o autor da peti��o, Alisson Marques. Ele pretende pressionar a PBH para melhorar as condi��es da pra�a e ajudar as pessoas que vivem no local.

Em v�rios canteiros, o gramado n�o existe mais, apenas terra batida, de tanto ser pisoteada. No lugar das flores, h� muito lixo. Na tarde de ontem, muita gente tomava banho e lavava roupas na fonte, que h� mais de dois anos n�o toca m�sica cl�ssica, lamenta o chefe da jardinagem, Reinaldo M�rcio da Silva, de 44. Na segunda-feira, funcion�rios da Sudecap at� tentaram reativar o som, mas n�o conseguiram, disse ele. “A situa��o j� esteve ainda pior. Cada canteiro tinha um grupo de pessoas morando. A PM n�o deixa mais ficar nos canteiros e eles armam barracas nas cal�adas. Mesmo assim, estendem colch�es no gramado e dormem”, conta o jardineiro. “A PM n�o d� conta. Os moradores de rua ficam cozinhando nos canteiros e fazem suas necessidades na frente de todo mundo”, denuncia o jardineiro.

O coordenador do Conselho CDL/Barro Preto e um dos diretores da C�mara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Fausto Izac, conta que h� um m�s a entidade fez uma reuni�o com a Secretaria Regional Centro-Sul da PBH e com a 5ª Companhia da PM, pedindo provid�ncias. “Ficaram de realizar uma a��o conjunta para avaliar o que pode ser feito. Vamos marcar nova reuni�o. O problema � que a PM n�o pode agir em rela��o aos moradores de rua, devido � Legisla��o que pro�be recolher pertences pessoais deles. O que a PM e a Guarda Municipal podem fazer � combater os roubos, a prostitui��o e o tr�fico de drogas”, disse Izac. Segundo ele, o com�rcio est� sendo prejudicado, pois muita gente tem medo de passar pela regi�o. Na tarde de ontem, PMs e guardas faziam a seguran�a no local.

Medo A advogada Wilma Aparecida Aguiar conta que evita a pra�a quando come�a a anoitecer. “Tenho muito medo. S�o homens de short e mo�as de biqu�ni, como se fosse praia”, reclama. A estudante Ana Carolina Gil, de 19, havia marcado encontro na pra�a com uma amiga. “S� me senti segura perto dos guardas municipais”, disse.

O guarda municipal Cristiano Souza explicou que a lei garante a perman�ncia do morador de rua em locais p�blicos. “O que a gente faz � telefonar para a Secretaria Municipal de Pol�ticas Urbanas e eles tentam convenc�-los a ir para abrigos. Mesmo quando as barracas s�o recolhidas, os sem-teto voltam no dia seguinte com outras. A gente fica aqui para evitar crimes, vandalismo e garantir o direito de ir e vir das pessoas”, disse .

Quest�o social A PBH informou, por meio da Regional Centro-Sul, que est� atenta � quest�o social de pessoas em situa��o de rua que t�m como refer�ncia a Raul Soares, e tem tomado provid�ncias no que diz respeito ao atendimento socioassistencial. Outra frente visa � desobstru��o do local, onde s�o apreendidos itens que prejudicam a mobilidade. “Ressalta-se que n�o � feita a retirada compuls�ria dos cidad�os das ruas”, diz a nota. Em maio, a PBH abriu edital para licitar servi�os de manuten��o e conserva��o da Raul Soares. A vencedora da concorr�ncia ser� respons�vel pelo plantio, corte e conserva��o de vegeta��o, al�m de cuidar de canteiros e sistema de irriga��o. Ainda de acordo com a Regional Centro-Sul, o servi�o de manuten��o nunca foi interrompido.


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