
A Pol�cia Federal (PF) desarticulou uma organiza��o criminosa que fraudava cart�es da Caixa Econ�mica Federal para fazer compras no exterior. A estimativa do preju�zo aos cofres do banco foi de cerca de R$ 20 milh�es em 20 meses. Nesta ter�a-feira, foram cumpridos 13 mandados de pris�o preventiva, 19 de busca e apreens�o e um de condu��o coercitiva em Minas Gerais e nos estados do Paran�, Rio de Janeiro e Esp�rito Santo. O n�mero de pessoas detidas ainda n�o foi divulgado.
Segundo a PF, para que um cart�o seja usado fora do Brasil, � preciso que seu titular contate a central de atendimento da institui��o financeira e realize a “autoriza��o para compras em viagem internacional”. Os criminosos se passavam pelos titulares dos cart�es fraudados na hora de solicitar a autoriza��o.
A investiga��o denominada American Dream come�ou em novembro de 2014 para apurar a autoria e comprovar a materialidade dos crimes de falsifica��o de documento particular, estelionato qualificado, descaminho e contrabando, integrar associa��o criminosa com atua��o transnacional, al�m de ind�cios de pr�tica de lavagem de dinheiro.

De acordo com a Pol�cia Federal, o crime principal era praticado em cinco fases: obten��o de dados da trilha do cart�o de cr�dito e do respectivo titular para fins de clonagem, autoriza��o de uso no exterior obtida por meio de liga��o telef�nica para o servi�o de atendimento a cart�es da Caixa, compras de equipamentos eletr�nicos nos Estados Unidos, especialmente produtos Apple, telefones celulares, c�meras fotogr�ficas profissionais e bicicletas de competi��o - algumas avaliadas em 12 mil d�lares - e encaminhamento das mercadorias para o Brasil e venda dos produtos por pre�o mais baixo do que o adquirido.
Ainda segundo a pol�cia, os fraudadores usaram funcion�rios da Caixa e aliciaram laranjas, em nome dos quais fizeram cart�es internacionais fraudados, com limites de cr�dito muito acima do poder aquisitivo deles. O nome da opera��o faz refer�ncia ao sonho norte-americano de prosperidade, pois, por meio da fraude milion�ria, os criminosos levavam a vida com um dinheiro que n�o lhes pertencia. Se condenados, poder�o cumprir at� 26 anos de pris�o.