
Para a Copasa, mesmo com n�vel de apenas 23% da capacidade e operando no volume morto, a Barragem do Rio Juramento tem condi�oes de abastecer a cidade at� a primeira quinzena de abril de 2016. Por�m, o gerente do distrito da Copasa em Montes Claros, Ant�nio C�mara, salienta que, com uma previs�o meteorol�gica para os pr�ximos meses “n�o muito animadora”, a companhia decidiu iniciar imediantamente o racionamento, a fim de afastar qualquer risco de colapso no abastecimento.
A meteorologia prev� que devem ocorrer chuvas em Montes Claros e em outros munic�pios do Norte de Minas a partir da segunda quinzena de novembro. Ant�nio C�mara informou que em 30 de novembro, a Copasa far� nova avalia��o do n�vel dos mananciais na regi�o, a fim de decidir se suspende ou amplia o racionamento de �gua em Montes Claros.
Vizinha de Ilca, Mary de Jesus Oliveira conta que n�o enfrenta problemas com o racionamento, porque em sua casa h� duas caixas-d’�gua. “Tenho ajudado os vizinhos que v�m pedir �gua na hora que suspendem o abastecimento”, contou. Al�m de solid�ria, Mary se diz preocupada com a situa��o e cobra dos �rg�os p�blicos uma a��o para amenizar a crise. “� preciso plantar �rvores e limpar os rios”, opina.
O gerente da Copasa Ant�nio C�mara salienta que a colabora��o da popula��o � de fundamental import�ncia para evitar o desperd�cio e garantir o fornecimento de �gua para todo o munic�pio neste momento de crise. “As pessoas devem economizar �gua, evitando formas de desperd�cio como ficar muito tempo debaixo do chuveiro aberto. Tamb�m dever evitar lavar passeios e quintais com mangueira. Outra medida indicada � o reaproveitamento da �gua usada para lavar roupa na descarga do vaso”, exemplifica o representante da Copasa.
A dona de casa Maria Aparecida Gon�alves Queiroz, do Bairro Bela Paisagem, �rea de baixa renda de Montes Claros, disse que, como tem reservat�rio em casa e seu consumo � pequeno, ainda n�o sentiu os efeitos negativos do racionamento. Mesmo assim, garante que cumpre sua parte na economia. “S� lavo roupa aos s�bados e depois, uso a mesma �gua do tanque para lavar o quintal e passar pano na casa”, conta.
Outra que garante que contribui com a redu��o do desperd�cio � a costureira Ezelaide Alves Queiroz, do Bairro Santos Reis. “Gasto o m�nimo poss�vel, seja na hora do banho, de lavar roupa ou as lou�as”, disse. Mas, como outros moradores, ela lembra da �nica fonte que pode resolver definitivamente o problema: o c�u. “Temos que rezar muito para Deus mandar chuva”, conclama.