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Estado de Minas

Equipes come�am o dia contando v�timas, estragos e preju�zos em povoado de Mariana

Barragem de rejeitos de mineradora se rompe e tsunami de �gua e lama causa o maior desastre do g�nero na hist�ria de Minas Gerais


postado em 06/11/2015 06:00 / atualizado em 10/11/2015 11:30

Ver galeria . 22 Fotos Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana e inunda distrito Corpo de Bombeiros/PMMG
Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana e inunda distrito (foto: Corpo de Bombeiros/PMMG )

Mariana e Ouro Preto – Eram 16h20 da tarde quando um estrondo anunciou a trag�dia que ficar� para sempre marcada na hist�ria de Minas Gerais e sobretudo na mem�ria de moradores de Mariana e Ouro Preto. A Barragem do Fund�o, da Mina do Germano, propriedade da Mineradora Samarco, entre os dois munic�pios da Regi�o Central do estado, estourou, liberando um tsunami de lama e rejeito t�xico que varreu o que encontrava pela frente e arrasou o povoado de Bento Rodrigues, distante 2,8 quil�metros, onde havia 200 casas e viviam 620 pessoas. No momento do desastre, cerca de 50 trabalhadores estavam no complexo da mina, segundo o sindicato da categoria. Pelo menos duas centenas de integrantes de equipes de resgate amanhecem o dia de hoje contando v�timas, desaparecidos e preju�zos. Ontem, era confirmada uma morte e dado como certo que pelo menos 10 pessoas estavam sumidas, mas as imagens de destrui��o deixadas depois que a �gua baixou – com cenas de carros arremessados sobre casas destru�das – causavam o temor de que o n�mero pudesse se multiplicar � medida que avan�assem os trabalhos.


O sindicato Metabase de Ouro Preto, considerando informa��es de parentes e trabalhadores, estimava na noite de ontem 16 mortes e 35 desaparecidos. O desastre j� � considerado pelo bra�o ambiental do Minist�rio P�blico de Minas Gerais uma trag�dia sem precedentes na hist�ria do estado. Os efeitos dessa onda de lama repercutiram imediatamente em Belo Horizonte, de onde partiram equipes de bombeiros e socorristas, e ecoaram em Bras�lia, que colocou de prontid�o os minist�rios da Defesa e das Cidades. Autoridades do Executivo, do Legislativo e do MP, que j� investiga o epis�dio, seguem hoje para a �rea atingida. Representantes da mineradora relataram um abalo antes da avalanche, mas n�o est� claro se ele precedeu a ruptura ou foi consequ�ncia dela. Em v�deo na internet, o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, lamentou o acidente e afirmou que a mineradora d� prioridade ao atendimento �s v�timas e aos moradores afetados.

Enquanto as informa��es sobre a correnteza de lama corriam pelo pa�s, espalhavam tamb�m preocupa��o entre parentes de funcion�rios da mineradora e habitantes da regi�o. No escrit�rio da Mina do Germano, trabalhadores relataram ter sido dispensados pela empresa logo que ficou constatado o acidente, sem detalhes sobre a ocorr�ncia. No distrito de Santa Rita Dur�o, ao qual pertence o povoado de Bento Rodrigues, at� o fim da noite de ontem era intensa a movimenta��o de moradores desnorteados no entorno da policl�nica que recebia feridos. As dificuldades de informa��o se tornaram maiores com o fechamento de acessos aos locais atingidos, aos quais s� chegavam equipes de socorro e buscas, aumentando o desespero de quem tentava saber o destino de parentes e conhecidos. “Bento Rodrigues n�o existe mais”, afirmava uma das sobreviventes, entre estarrecida com as cenas de destrui��o e desesperada pela falta de not�cias da fam�lia.

SOCORRO Paralelamente ao estado de perplexidade que tomou conta da regi�o, uma corrente de solidariedade come�ou a se formar j� aos primeiros ecos do rompimento da barragem. A popula��o se mobiliza desde ontem para ajudar as v�timas que est�o desabrigadas. Donativos est�o sendo recebidos no Gin�sio da Arena de Mariana, na sede do munic�pio, para onde foram levadas v�rias fam�lias de Bento Rodrigues. A prefeitura se mobiliza para negociar com uma comiss�o de desalojados locais capazes de receb�-los.

O rompimento da barragem em Mariana pode se tornar o mais grave j� registrado no pa�s, segundo dados do Comit� Brasileiro de Barragens. Os dois maiores acidente do tipo com v�timas registrados at� ent�o tamb�m ocorreram em territ�rio mineiro – que hoje tem 754 dep�sitos de rejeitos, 8% deles em risco. O mais grave foi na Mina de Fernandinho, em Itabirito, na Regi�o Central, em 1986, quando morreram sete pessoas, e outro em 2001, na barragem da Minera��o Rio Verde, em Macacos, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, que deixou cinco mortos.
(foto: Arte Valf/Marcelo Monteiro/Paulinho Miranda/Janey Costa/Soraia Piva )
(foto: Arte Valf/Marcelo Monteiro/Paulinho Miranda/Janey Costa/Soraia Piva )

(foto: Arte Valf/Marcelo Monteiro/Paulinho Miranda/Janey Costa)
(foto: Arte Valf/Marcelo Monteiro/Paulinho Miranda/Janey Costa)


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