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Estado de Minas

Medo, perplexidade e generosidade marcam dia do desastre em Mariana


postado em 07/11/2015 08:46 / atualizado em 10/11/2015 11:39

A cidade hist�rica de Mariana, acostumada aos festejos religiosos, viveu 24 horas que ficar�o marcadas por relatos de medo e perplexidade, mas tamb�m de muita generosidade. No cora��o da cidade, a Arena Mariana virou ponto de acolhimento para as pessoas que perderam tudo. Ao mesmo tempo que chegavam moradores de Bento Rodrigues, ainda sem saber direito o que havia ocorrido, gestos de solidariedade faziam com que a impessoalidade do gin�sio ganhasse algum tra�o de aconchego.

S�o gestos que ficar�o para sempre na mem�ria de quem por pouco n�o perdeu a vida. Foi o caso de Diomara Oliveira, de 87 anos, resgatada em Bento Rodrigues. De cadeira de rodas, ela n�o teria sido salva sem o apoio e suporte de vizinhos. “N�o est�vamos esperando. Eles me carregaram, por isso estou aqui hoje. Foi um revezamento. Um me largava e outro me pegava”, disse ela que reclamava de muita dor no corpo.
A noite de quinta foi marcada por muito trabalho. Bombeiros e agentes da Defesa Civil tentavam abrir caminho para chegar at� as pessoas que estavam ilhadas depois que a onda de lama e destro�os varreu casas, autom�veis e at� a Escola Municipal Bento Rodrigues. O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Gualberto, informou que muitos militares passaram a noite acompanhando grupos de at� 30 moradores que n�o tinham como sair dos locais onde estavam.

Antes do sol raiar, volunt�rios j� dobravam, separavam as roupas masculinas e femininas para que quem ficou sem nada ter o que vestir. Foram organizadas mesas com p�o, frutas, sucos e �gua para o caf� da manh� de quem acordou na arena. A mesma mobiliza��o de volunt�rios garantiu o almo�o de quem estava l�. O funcion�rio p�blico da Secretaria Municipal de Esportes, Valdeir Pereira, de 25 anos, que estava trabalhando na arena, comparou o empenho dos volunt�rios na cidade mineira com a mobiliza��o para auxiliar v�timas de trag�dias em Petr�polis e Teres�polis, no Rio de Janeiro.

Ao longo do dia, muitas autoridades foram at� o gin�sio. O governador Fernando Pimentel chegou por volta das 12h.”Essa trag�dia ambiental � o maior desastre na hist�ria de Minas”, afirmou o governador, que, durante a manh�, sobrevoou a �rea atingida. O promotor de Justi�a de Mariana, Ant�nio Carlos de Oliveira, tamb�m esteve na arena. Ele afirmou que o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) trabalha em duas frentes: para atender as v�timas e apurar as causas de rompimentos das barragens do Fund�o e Santar�m. Ele explicou que um laudo feito h� um ano e meio pela Pol�cia Ambiental mostrava as barragens em perfeitas condi��es.

Quase pr�ximo de completar 24 horas da trag�dia, por volta das 15h, a chuva ainda assustou moradores e causou apreens�o nas autoridades. Neste momento, o prefeito de Mariana, Duarte J�nior, em entrevista coletiva � imprensa, admitiu que precipita��o poderia dificultar o trabalho de resgate das pessoas ainda desaparecidas. No in�cio da noite , equipes de resgate seguiam no trabalho nos distritos em busca de sobreviventes.


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