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Estado de Minas

�gua em Governador Valadares s� dura mais um dia

Por causa da contamina��o do Rio Doce pela lama liberada no rompimento das barragens da mineradora Samarco, capta��o de �gua foi suspensa ontem


postado em 09/11/2015 06:00 / atualizado em 10/11/2015 11:54

A imensa quantidade de lama que vazou em Mariana contaminou o Rio Doce em quase toda a sua extensão(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A imensa quantidade de lama que vazou em Mariana contaminou o Rio Doce em quase toda a sua extens�o (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, s� tem �gua para abastecer sua popula��o por mais 24 horas. A lama que vazou no rompimento das barragens da mineradora Samarco em Mariana, na Regi�o Central de Minas, na quinta-feira, e chegou ao Rio Doce, alcan�ou ontem o munic�pio de 278 mil habitantes. Com isso, o Servi�o Aut�nomo de Abastecimento de �gua e Esgoto (SAAE) interrompeu a capta��o no rio e pediu aos moradores para economizarem �gua. Em nota, a administra��o municipal informou que n�o h� prazo para a retomada da capta��o e, por isso, todo desperd�cio deve ser evitado.

A interrup��o na capta��o da �gua no leito do Rio Doce ocorreu por volta das 13h de ontem, quando os primeiros sinais de polui��o apareceram no curso d’�gua, antes que ela chegasse ao munic�pio. O SAAE coletou amostras da �gua e as an�lises demonstraram que o n�vel de contamina��o � alto, o que impede o tratamento at� que a lama se dilua.

De acordo com Vilmar Rios, diretor-adjunto do SAAE, n�o h� como saber por quanto tempo a contamina��o vai prejudicar a capta��o no Rio Doce. Por volta das 16h, carros de som contratatos pela prefeitura come�aram a percorrer as ruas da cidade, refor�ando o pedido para que todos fa�am economia de �gua. A defesa civil municipal previa que o maior volume de lama passasse pela cidade por volta das 21h.

A interrup��o da capta��o de �gua em Governador Valadares � mais um drama resultante do rompimento das barragens do Fund�o e Santar�m, da mineradora Samarco. Horas depois da trag�dia, a avalanche de lama atingiu os rios Gualaxo e Carmo e inundou a cidade de Barra Longa. Na manh� de sexta-feira, os respons�veis pela represa de Candonga, em Santa Cruz do Escalvado, tiveram que abrir as comportas da hidrel�trica para impedir que o grande volume de �gua e lama destru�sse a barragem. Com isso, a lama de rejeitos chegou ao leito do Rio Doce, deixando rastros de polui��o em munic�pios como Rio Doce, Naque, Ipatinga e Valadares. Ontem � tarde, os primeiros sinais de polui��o chegaram a Colatina, no Esp�rito Santo, com moradores denunciando que a �gua tratada nas torneiras estava marrom e com um cheiro forte.

Ver galeria . 10 Fotos Reprodução/Facebook/Josiane Aguilar
(foto: Reprodu��o/Facebook/Josiane Aguilar )

EM PLENA SECA A polui��o do Rio Doce, causada pela trag�dia em Mariana, chega em um momento que Governador Valadares enfrenta uma das piores secas de sua hist�ria. Em agosto, o Estado de Minas publicou reportagem mostrando que o n�vel do rio era o mais baixo nos �ltimos 10 anos, conforme atestavam monitoramentos feitos nas esta��es de Ipatinga e Governador Valadares, em Minas, e Colatina, no Esp�rito Santo.

Al�m disso, em julho, a s�rie de reportagens Amarga agonia mostrou que a seca na Bacia do Rio Doce levou o manancial a n�o chegar mais ao Oceano Atl�ntico por seu caminho tradicional. A foz original virou uma lagoa represada por uma faixa de areia de dois metros de altura. A reportagem destacou que o problema na foz � resultado da degrada��o que se espalha pelos 850 quil�metros do leito do rio e pela maior parte da bacia de 86 mil quil�metros quadrados.

Turbidez acima do limite legal

As primeiras an�lises feitas pelo Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam) na bacia hidrogr�fica do Rio Doce, pr�ximo a Bento Rodrigues, apontam que a turbidez e a condutividade el�trica est�o acima do limite legal, pela presen�a de s�lido (barro) na �gua. O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos H�dricos (Sisema) informou ontem que ainda ser�o analisadas amostras de sedimentos nos pontos de amostras de �gua para varredura dos metais e quantifica��o dos metais de interesse (metais pesados). Al�m disso, ser� realizada a caracteriza��o da lama. Tais an�lises indicar�o a qualidade da �gua para o abastecimento humano.


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