As 178 crian�as e adolescentes das comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, atingidas pela lama do rompimento das barragens da Samarco na semana passada, v�o estudar juntas na Escola Municipal Dom Luciano Mendes, em Mariana, a partir de segunda feira.
Os alunos do ensino m�dio que estudavam em escolas estaduais em Santa Rita Dur�o, distrito de Mariana, e �guas Claras, continuar�o nas mesmas institui��es de ensino e ter�o transporte saindo de Mariana.
A Escola Municipal Dom Luciano Mendes � ampla e n�o tem atividades � tarde, segundo a Secretaria de Educa��o. Nesta sexta-feira, os professores e funcion�rios das institui��es de ensino destru�das no desastre v�o conhecer de perto as instala��es.
As salas de aula ser�o organizadas para receber os alunos. Os professores disseram que v�o afixar cartazes nas paredes, com as datas de anivers�rios dos alunos. A a��o visa ambientar o novo local de estudo, tornando-o parecido com as escolas afetadas pela trag�dia.
Todos os alunos estar�o juntos para manter o conv�vio social e o aconchego das salas de aula. Os nutricionistas e os respons�veis pelas crian�as com necessidades especiais ser�o mantidos, assim como os respons�veis pelas creches.
Os alunos de Paracatu de Baixo que n�o tiveram suas casas destru�das, mas viram as escolas onde estudavam serem danificadas com o rompimento das barragens v�o permanecer na regi�o. Eles ter�o transporte p�blico para estudar em Mariana.
CLAUSURA As crian�as sobreviventes da trag�dia em Mariana est�o est�o vivendo uma verdadeira clausura dentro dos quartos dos hot�is. Acostumadas � vida das localidades rurais, elas n�o t�m como brincar nas ruas como antes. Por isso, a volta �s aulas � esperada com ansiedade tamb�m pelos pais.
A auxiliar de servi�os gerais Nat�lia Aparecida Felipe, de 25 anos, morava em Bento Rodrigues e conta que os filhos s�o mantidos trancados no quarto de hotel. Segunda-feira, sua filha Lav�nia Beatriz Felipe Silva, de 7 anos, vai reencontrar os colegas de escola em um ambiente estranho, mas est� feliz por estar rodeada somente de pessoas conhecidas. "Ela anda muito angustiada no hotel. Tenho que trancar a porta do quarto para eles n�o irema para a rua" disse a m�e.
“L� em Bento ela vivia na rua. Eu trabalho e a minha sorte foi que, no dia da trag�dia, a minha filha ficou quietinha na casa da minha m�e e ningu�m precisou sai correndo atr�s dela na rua" disse Nat�lia.