
Centenas de pessoas vestindo camisas brancas com os dizeres “Justi�a sim, desemprego n�o #ficasamarco” realizaram na noite desta ter�a-feira uma manifesta��o em prol da manuten��o da atividade da empresa em Mariana, Regi�o Central de Minas Gerais. O ato teve in�cio na Pra�a Gomes Freire (Jardim) e seguiu em passeata pela C�mara Municipal, F�rum e prefeitura, onde encerraram aos gritos de “Fica, Samarco”.
A professora Leide de Oliveira, de 50 anos, disse que soube do protesto por redes sociais e decidiu participar, pois considera a mineradora uma excelente empresa. “Fui professora em uma escola da Samarco durante 9 anos. Hoje, ela pertence � Arquidiocese de Mariana. Foram os melhores anos de trabalho da minha vida”, recordou.
Momentos depois de iniciada a concentra��o para o ato, por volta das 19h, funcion�rios da empresa chegaram � Pra�a Gomes Freire e engrossaram o n�mero de participantes, sendo recebidos com aplausos.
O grupo rezou o Pai Nosso e cantou o Hino Nacional. “Quero Justi�a, mas a Samarco deve ficar”, disse Poliana Aparecida de Freitas, uma das organizadoras do ato, reivindicando a perman�ncia da mineradora na cidade para evitar o desemprego.
De acordo com o tenente Elione Souza, da Pol�cia Militar, que atuou no fechamento do tr�nsito e garantiu a seguran�a dos participantes, cerca de 1 mil pessoas participaram da manifesta��o. No trajeto, o grupo convocou comerciantes, taxistas e outros moradores para engrossar a manifesta��o.

Diante do F�rum, pediram a promotores e ju�zes que apoiem a perman�ncia da Samarco na cidade. Uma funcion�ria da mineradora fez um apelo emocionado: “Estamos supernervosos; temos filhos, escolas para pagar; estamos apreensivos. A empresa est� errada, mas n�o � justo fech�-la. Ser�o muitos empregos perdidos”, disse Joicy Freitas, de 34 anos, laboratarista qu�mica na Samarco.
Durante a manifesta��o, foi distribu�do um manifesto com a frase “agora, o momento � de recome�o; de reconstru��o!” Segundo o texto, trabalhadores e moradores sabem “da responsabilidade que deve e tem de recair sobre a Samarco pela dor, mortes e destrui��o”. Ainda segundo o documento, a cidade “depende” do funcionamento da mina “para manuten��o da atual condi��o de vida” da popula��o”.