
Treze dias depois do rompimento da barragem do Fund�o, da Samarco, em Mariana, na Regi�o Central de Minas, a popula��o de Barra Longa, umas das cidades afetadas pela trag�dia, enfrenta uma rotina de caos. A grande quantidade de lama que invadiu o munic�pio ainda faz parte do dia a dia dos moradores, que reclamam da lentid�o para a limpeza de vias e de casas.
A funcion�ria p�blica B�rbara Dantas, de 26 anos, � uma das que se queixou. "At� hoje minha casa esta cheia de lama. Eles chegaram r�pido, mas est�o demorando demais pra limpar ruas e casas. Ainda tem barro pra todo lado e nossa rotina est� completamente alterada", diz.
O distrito de Barra Longa tem 7 mil habitantes. Por conta do rompimento, 95 fam�lias foram afetadas na Zona Urbana e outras 45 na Zona Rural. Ningu�m ficou ferido, mas muitas pessoas perderam seus pertences. Parte dos desabrigados foram para 25 casas alugadas pela Samarco e outras est�o na casa de parentes. Desde ontem, parte da popula��o enfrenta problemas com falta de �gua e energia el�trica.
Segunda ela, todos os m�veis e eletrodom�sticos ficaram destru�dos. "Perdi tudo. Fog�o, geladeira, guarda-roupa, sof�... s� sa� com a roupa do corpo e documentos meus e dos meus filhos", contou a mulher que est� alojada em uma casa sem moveis, alugada pela Samarco.
O produtor rural Aroldo Ferreira Trindade de, 68, mora em frente � Pra�a Manoel Lino Mol, a principal de Barra Longa. Ele reclamou da rotina alterada e da quantidade de lama na porta de casa.
Trindade considera que o trabalho de limpeza est� sendo feito r�pido, se for levada em conta a quantidade de sujeira. Ele espera que o trabalho seja mantido para a retirada dos rejeitos de min�rio o mais r�pido poss�vel.
O agricultor pediu ainda agilidade na recupera��o das resid�ncias atingidas no desastre e informou ainda que as redes de �gua e esgoto est�o entupidas.
Assista ao depoimento de um morador de Barra Longa