
A dona de casa diz ter conhecimento de que mais de 15 gatos morreram envenenados na rua onde mora nos �ltimos sete meses. Somente na casa dela, foram cinco animais envenenados. “Liguei para a Pol�cia Militar pedindo que uma provid�ncia fosse tomada. Mas, eles disseram que s� poderiam registrar a ocorr�ncia se eu tivesse certeza de que algu�m envenenou os gatos e apresentasse provas. Como eu n�o tinha provas, n�o tive como formalizar a den�ncia”, afirmou a mulher.
“Amo os gatos como algu�m da minha fam�lia”, confessa Lucimar. Ela coloca o casal “Beb�” e “Branca de Neve” para dormir numa cama espec�fica para eles dentro de casa. Al�m dos cuidados especiais com a alimenta��o, mant�m no quintal uma bacia com areia, onde os animais fazem as necessidades. Assim, evita que saiam para rua e venham correr risco de serem envenenados. “Acho que a pessoa que envenena os gatos faz isso porque n�o gosta dos bichos ou n�o gosta dos vizinhos que criam os gatos”, comenta.
Outra moradora do bairro, dona Beatriz, de 84 anos, cuida de cinco gatinhos, filhotes, que ficaram �rf�os, depois que “Ninha”, a m�e deles, apareceu morta debaixo de um carro estacionado na rua, anteontem. “Ninha” teria sido envenenada. “Fiquei muito sentida. Gosto muito dos bichos”, disse a aposentada, acrescentando que tristeza maior foi a de Rian, bisneto dela, de 14 anos, que adorava a gata.
Ainda na mesma rua da Vila Tiradentes, o estudante de medicina veterin�ria Renalde Giovanni Ribeiro Lima, de 22 anos, conta que, h� poucos dias, perdeu o gato “Piter’, que morreu envenenado. “Infelizmente, existem pessoas que, ao inv�s de garantir o bem-estar, maltratam os bichos.
A lei prev� que maus tratos ou mortandade de animais � crime, podendo resultar em pena de at� um ano de pris�o. Mas, a repress�o aos infratores ainda � pequena”, lamenta o universit�rio. “Essa situa��o ocorre em outros lugares. No caso nosso aqui, espero que depois da divulga��o, a pessoa que estiver envenenando os gatos reflita e pare com essa pr�tica”, afirmou Renalde.