Neste momento, a fam�lia de Samuel est� a caminho de Belo Horizonte. "Quero eu mesma fazer o reconhecimento. N�o posso enterrar algu�m na d�vida. Se � ou n�o meu marido. Se for realmente ele, vou continuar sofrendo, mas a dor de n�o encontr�-lo n�o vai existir mais. Vou sofrer pela perda e n�o pela d�vida", disse a mulher de Samuel, a dona de casa Aline Ferreira Ribeiro, de 33 anos, assim que soube da not�cia da identifica��o. Chegando em Belo Horizonte, a fam�lia vai direto ao Instituto M�dico Legal (IML), onde foi feita a identifica��o do corpo, encontrado no dia 8, em Barra Longa. A identifica��o foi feita por exame datilosc�pico, que � por meio da impress�o digital, e de luva epid�rmica, com coleta da pele da m�o.
Antes da localiza��o do corpo, a m�e de Samuel, Maria Nilza Vieira, chegou a dar um depoimento emocionante ao Estado de Minas. No v�deo, a mulher pedia empenho nas buscas pelo filho. Assista:
Tamb�m nesta sexta-feira, o Corpo de Bombeiros fez o resgate de mais um corpo, pr�ximo ao distrito de Ponte do Gama, que aguarda identifica��o. Sobe o n�mero de mortos na trag�dia, sendo oito identificados e quatro corpos aguardando identifica��o. Mas 11 pessoas continuam desaparecidas: oito s�o funcion�rios da Samarco e/ou de empresas terceirizadas e tr�s s�o moradores.
O Corpo de Bombeiros informou no in�cio da noite desta sexta-feira que 26 oficiais refor�am as buscas nesse s�bado na regi�o pr�xima �s margens do rio. J� foram percorridos at� o momento 120 quil�metros. Ainda segundo a corpora��o, as fam�lias dos desaparecidos foram chamadas para conhecer a estrutura do posto de comando instalado na sede da Samarco onde tiveram acesso a todas as informa��es sobre as a��es de resgate que est�o sendo adotadas e ficou esclarecido que as equipes de busca n�o foram reduzidas.
IMPOSS�VEL SOBREVIVER No �ltimo dia 14, o Estado de Minas/Portal UAI conversou com o pai de Samuel, J�lio Albino, que afirmou ser praticamente imposs�vel o filho ter sobrevivido. "Ele j� trabalhou em Angola e no Haiti com minera��o. Deu foi azar", disse J�lio Albino, de 64 anos que, junto com a esposa, aguardava o resgate do corpo do filho.
Samuel disse que desde o in�cio sabia que o filho estava entre as vitimas. Ele estava trabalhando na constru��o da Esta��o do Move no Bairro Justin�polis, na Grande BH, quando soube do rompimento das barragens. "Estava ouvindo r�dio na hora. Falei com o encarregado: acabei de perder um filho. Onde ele estava n�o tinha jeito de escapar" afirma.
Samuel trabalhava em uma m�quina que tem uma plataforma que chega a 14m de altura, segundo J�lio. "Para voc� ver como � complicado. Nem a m�quina eles conseguiram encontrar", desabafou. (Com informa��es de Jo�o Henrique do Vale)