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Estado de Minas

Defesa Civil resgata idosa de 92 anos que vivia isolada com duas filhas em Mariana

Valdemira deixou a sua casa contrariada. "Se eu n�o morrer, eu volto", disse ela quando deixava o local levando seu p�ssaro preto de estima��o


postado em 23/11/2015 15:58 / atualizado em 23/11/2015 16:13


Tita, como a idosa é conhecida, foi com as filhas para Mariana(foto: Paulo Filgueiras DA/Press)
Tita, como a idosa � conhecida, foi com as filhas para Mariana (foto: Paulo Filgueiras DA/Press)

Uma mulher de 92 anos que estava vivendo com duas filhas e um filho praticamente isolados em uma fazenda de Ponte do Gama, em Mariana, Regi�o Central de Minas, foi resgatada pela Defesa Civil na manh� desta segunda-feira. Valdemira In�cio Vieira Arantes, de 92 anos, e as filhas Maria das Gra�as, de 57, e Maria de F�tima, de 52, foram levadas para Mariana, onde a idosa tem uma casa. O filho dela, Haroldo Arantes, de 63, preferiu permanecer na localidade rural aguardando o recolhimento de tr�s cabe�as de gado, uma �gua e v�rias galinhas que sobreviveram ao desastre ambiental da Samarco. Valdemira deixou a sua casa contrariada. “Se eu n�o morrer, eu volto”, disse ela quando deixava o local levando seu p�ssaro preto de estima��o. O filho lamentou a situa��o. “Tudo isso � muito triste. Temos a esperan�a de voltar, mas n�o ser� como antes. Todo o terreno foi atingido, praticamente perdido”, lamentou Haroldo.

Valdemira conta que cresceu no lugar, que pertencia ao seu pai, e se emociona quando fala do mar de lama que tomou conta de tudo. Na tarde de s�bado, retroescavadeiras tentavam liberar o acesso para que se pudesse chegar � casa onde estavam. Numa parte pouco mais alta, o im�vel n�o foi atingido pela lama, mas trata-se de uma �rea de risco, pelas dificuldades de acesso. A regi�o onde estavam a m�e e as duas filhas foi o foco das buscas do Corpo de Bombeiros durante todo s�bado.

Depois de receber �gua e alimentos no s�bado, levados por volunt�rios, a fam�lia foi orientada a deixar o im�vel. Sem gostar muito da ideia, Valdemira disse que pretendia acatar o conselho para n�o ficar mais tempo isolada. “Nasci em �guas Claras e me mudei para c� quando tinha 1 ano e pouco. Dizem que a �rea est� perigosa. Ent�o, temos que sair”, afirmou Tita, como � conhecida na regi�o. “Vou para Mariana, mas n�o gosto de l�”, completou a m�e, que guarda na mem�ria a aproxima��o do lama�al. “Tocamos as galinhas, as vacas, mas foi muita coisa embora.”


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