
O promotor de Justi�a do Meio Ambiente de Colatina (ES), Marcelo Ferraz Volpato, teve nesta ter�a-feira deferido pedido de busca e apreens�o ajuizado contra o Servi�o Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear) com o objetivo de obter os laudos relativos aos exames sobre a qualidade da �gua em Colatina, uma das cidades capixabadas banhadas pelo Rio Doce e afetadas pela trag�dia.
O MPES explica que o pedido foi feito porque o Sanear n�o passou os laudos ao MP como combinado. Nessa segunda-feira, depois de anunciado o rein�cio de capta��o e tratamento da �gua do Rio Doce, resultado divulgado pela prefeitura apontou n�veis de mangan�s na �gua, tidos como dentro do aceit�vel pela legisla��o.
Mas nesta ter�a-feira, a capta��o de �gua do Rio Doce foi novamente interrompida, segundo a Prefeitura de Colatina, em raz�o da turbidez da �gua.
Segundo a prefeitura, a onda de lama ainda est� descendo de forma muito densa, aumentando a turbidez da �gua e dificultando o processo de limpeza. "Estamos realizando an�lises constantemente da �gua do Rio Doce. Devido � chuva, a capta��o ficou mais complexa, gerou uma instabilidade da turbidez. O procedimento � o seguinte: o Sanear trata um pouco da �gua, faz o teste e analisa se � poss�vel continuar o tratamento. Estamos operando junto com Minist�rio P�blico Federal e Estadual nas coletas e an�lises para garantir seguran�a � popula��o. Novos testes ser�o feitos diariamente e assim que os resultados forem satisfat�rios a capta��o ser� retomada, bem como o abastecimento".
Nessa segunda-feira, depois de anunciar a retomada de capta��o e tratamento do �gua na cidade, a Prefeitura de Colatina informou que para ser reiniciado o fornecimento de �gua captada do Rio Doce em Colatina, foi usado o Tanfloc, um produto coagulante/floculante usado em tratamento de �gua. Laudo apresentado pela prefeitura explica que foram realizados tr�s testes em dias diferentes para assegurar a qualidade da �gua.
A coleta da �gua tratada com o Tanfloc foi feita na Esta��o de Tratamento de �gua II. O laudo apresentou altera��es nos n�veis de mangan�s. Mas de acordo com o engenheiro qu�mico do Sanear Arthur Batista Ferreira, os n�veis est�o de acordo com o estabelecido pelo Minist�rio da Sa�de. Pela Portaria 2914, as concentra��es de ferro e mangan�s n�o podem ultrapassar 2,4 mg/L e 0,4 mg/L, respectivamente. E, no caso, o par�metro mangan�s total apresentou concentra��o de 0,147 mg/L, segundo an�lise do laborat�rio Tommasi Anal�tica.
Ainda segundo Arthur, os n�veis de mangan�s apresentados na �gua v�m baixando desde que o primeiro teste foi realizado. Os n�veis de turbidez da �gua tamb�m est�o variando e v�m baixando desde que a lama chegou � cidade.
Um alerta quanto � colora��o, no entanto, foi feito pelo coronel da Defesa Civil Fabiano Bonno: "� poss�vel que a primeira �gua que chegue �s casas apresente uma colora��o mais escura. A rede esteve com o abastecimento prec�rio durante cinco dias e, como a �gua chegar� com mais press�o �s casas, acaba levando um pouco de sujeira dos canos, isso � normal. Orientamos que a popula��o aproveite essa �gua para lavar suas caixas d’�gua”.
AUDI�NCIA P�BLICA Na tarde desta ter�a-feira, o promotor Marcelo Volpato, que integra a for�a-tarefa criada pelo Minist�rio P�blico do Esp�rito Santo para lidar com o desastre ambiental provocado pelo rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, em 5 novembro, participa de audi�ncia p�blica na sede da Justi�a Federal do Esp�rito Santo, juntamente com representantes dos demais �rg�os envolvidos: Minist�rio P�blico Federal e Estadual, Minsit�rio P�blico do Trabalho, Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Samarco e ambientalistas.T�cnicos cobram da empresa medidas complementares assim como questionam o fato de a lama n�o ter sido contida nas barragens.