O secret�rio de sa�de de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, fez um apelo � popula��o na manh� desta quarta-feira. Quem estiver com febre, dores nas articula��es e atr�s dos olhos, conjuntivite, olhos vermelhos e dores no corpo, deve procurar uma unidade b�sica de sa�de. “Dengue � uma doen�a grave e pode matar”, refor�ou Fabiano Pimenta. Este ano, at� 16 de novembro, foram registrados 15.430 casos de dengue na capital, al�m de 12.214 casos notificados e descartados. A regi�o com maior n�mero de casos � a Norte, com 3.031 confirma��es, seguida pelas regionais Noroeste (2.805) e Barreiro (2.789).
O secret�rio tamb�m est� preocupado com a chikungunya e o zika v�rus, tamb�m transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Quanto mais cedo os casos dessas doen�as sejam descobertos, mais f�cil a ado��o de medidas de combate ao vetor e na redu��o da possibilidade de transmiss�o. “Desde o primeiro momento que tivemos a detec��o do zika v�rus no pa�s, j� acendemos nosso sinal de alerta e come�amos a tratar disso com os nossos profissionais”, afirmouo secret�rio.

A infec��o do zika v�rus por gestantes pode causar a microcefalia nos beb�s, que nascem com o tamanho da cabe�a significadamente menor. Segundo o secret�rio, � feita uma investiga��o epidemiol�gica de eventuais casos nas maternidades, por meio da declara��o de nascidos vivos. “N�s temos uma articula��o muito intensa com as maternidades”, disse Fabiano.
A gerente de vigil�ncia em sa�de da secretaria, Maria Tereza Oliveira, informou que s�o poucos casos de microcefalia em BH, mas provocados por outros fatores, como s�ndromes gen�ticas e infec��es cong�nitas. O material informativo da secretaria foi readequado para mostrar que hoje o aedes aegypti transmite potencialmente tr�s doen�as, mas que a forma de preven��o � a mesma: eliminar os criadouros do mosquito.
Levantamento do �ndice R�pido do Aedes aegypti (LIRAa) demonstra que 0,6% dos im�veis pesquisados em Belo Horizonte contam a presen�a da larva do mosquito Aedes aegypti, �ndice considerado baixo para o Minist�rio da Sa�de. No entanto, isso n�o � motivo de tranquilidade, alerta o secret�rio. Segundo ele, o �ndice mostra que � poss�vel manter em baixa as infesta��es do mosquito, o que reduz o risco de transmiss�o da dengue, da zica e do chikungunya. Entretanto, houve um aumento significativo no n�mero de ovos do mosquito encontrados nas armadilhas montadas para capturar o inseto. Em outubro de 2014, a m�dia era de 15 ovos e, neste ano, passou para 60 ovos.
“Isso nos mostra que de maneira nenhuma podemos abaixar a guarda e achar que a situa��o est� sob controle. Na verdade, temos um indicador de que 86% dos criadouros do mosquito est�o dentro das casas ou em ambientes domiciliares. Temos todas as condi��es de retirar esses criadouros e reduzir o n�mero de ovos que poder�o, com as pr�ximas chuvas e temperaturas elevadas, transformarem-se em larvas e adultos, com altas infesta��es do mosquito”, alerta Fabiano.