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Estado de Minas

Ex-delegado da Pol�cia Civil � condenado a quase 19 anos por assassinato da namorada

Amanda, ent�o com 17 anos, levou um tiro na cabe�a em 2013. Geraldo Toledo sustentou a vers�o de suic�dio, mas n�o convenceu os jurados


postado em 04/12/2015 01:11 / atualizado em 04/12/2015 01:33

Família da jovem era contra o relacionamento dela com o delegado (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press / Reprodução Facebook )
Fam�lia da jovem era contra o relacionamento dela com o delegado (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press / Reprodu��o Facebook )
Familiares e amigos da adolescente Amanda Linhares Santos, de 17 anos, assassinada em abril de 2013, em Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas Gerais, tiveram um pouco de alento 19 meses depois do crime. O j�ri popular decidiu pela condena��o do ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo a 18 anos e nove meses de pris�o por homic�dio duplamente qualificado e fraude processual. O r�u continuou com a vers�o apresentada nas investiga��es de que a jovem se matou. Por�m, n�o conseguiu convencer os jurados. Ele segue preso na Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil. O julgamento durou tr�s dias.

O assassinato de Amanda Santos aconteceu em 14 de abril de 2013. Segundo as investiga��es, a jovem e Toledo brigaram e a menina foi baleada na cabe�a. Testemunhas disseram que o casal estava no carro do policial, na estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Regi�o Central de Minas. O delegado ainda nega que tenha atirado na adolescente, com quem mantinha um relacionamento marcado por desaven�as, que geraram ocorr�ncias policiais. A Justi�a chegou a determinar que o policial n�o poderia se aproximar de Amanda. Por�m, a defesa do r�u informou que ele n�o chegou a ser notificado da decis�o.

Por causa da morte de Amanda, Geraldo Toledo foi preso e ficou sete meses na Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil, no Bairro Horto, Regi�o Leste de BH. Depois, foi transferido para a Penitenci�ria Jason Soares Albergaria, no Bairro Primavera, em S�o Joaquim de Bicas, na Grande BH. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o ex-delegado voltou para a Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil em janeiro de 2014, onde segue preso.

O r�u foi expulso da pol�cia, mas n�o pelo crime contra a jovem. O pedido de demiss�o feito pela Corregedoria se baseou em transgress�o disciplinar cometida entre 2005 e 2007. Naquele per�odo, a Corregedoria apurou fraudes praticadas quando Toledo era delegado titular da circunscri��o do Detran em Betim. Ele foi preso naquele ano, em S�o Joaquim de Bicas, acusado de recepta��o, forma��o de quadrilha e falsidade ideol�gica. Desde 2002, ele j� respondia a processo por suspeita de irregularidade no licenciamento de ve�culos.

O julgamento

O j�ri do assassinato come�ou na ter�a-feira quando foram ouvidos dois informantes, tr�s testemunhas de acusa��o e quatro de defesa. O sorteio do conselho de senten�a foi realizado e sete homens ficaram respons�vel pelo julgamento. A primeira pessoa ouvida no j�ri foi a m�e da v�tima, Rubiany Linhares dos Santos, como informante. Por uma hora e 20 minutos era respondeu as perguntas referente a vida de sua filha e o relacionamento dela com o r�u. Outra pessoa que prestou depoimento como informante foi uma jovem amiga de Amanda, que morou com ela e tinha conhecimento do relacionamento afetivo da adolescente e o ex-delegado.

O promotor Vin�cius Alc�ntara Galv�o, representante da acusa��o, optou pelo testemunho t�cnico de um m�dico legista, uma perita e a delegada da corregedoria respons�vel pelas apura��es. O depoimento da perita foi o mais longo da acusa��o, e durou 55 minutos. J� os advogados do ex-delegado, Valdomiro Vieira e Clebiane Monteiro, buscaram mostrar uma personalidade positiva de seu cliente, com testemunhos da atual namorada do r�u, que durou uma hora e 20 minutos, da ex-mulher dele e de uma ex-namorada. Um perito aposentado tamb�m prestou declara��es como consultor da defesa.

Na quarta-feira, foram realizadas leituras de pe�as processuais e o interrogat�rio do ex-delegado. Em depoimento, disse que Amanda atirou contra a pr�pria cabe�a e que ele a levou ao hospital.

Debates

O promotor come�ou a falar sobre o caso �s 12h40 desta quinta-feira. Galv�o falou da contrariedade da m�e de Amanda com o relacionamento dela com o delegado. O representante do Minist�rio P�blico tamb�m descreveu sua vers�o sobre o dia do disparo e rebateu a vers�o de suic�dio defendida por Toledo. O promotor ressaltou que, na vis�o dele, as manchas de sangue encontradas no carro do r�u s�o incompat�veis com a tentativa de suic�dio dentro do carro. Al�m disse, lembrou que o ex-delegado responde por fraude processual por tentar modificar as provas do assassinato. Durante duas horas, o promotor tentou desqualificar a vers�o apresentada por Toledo na audi�ncia dessa quarta-feira em Ouro Preto.

Em seguida foi a vez o advogado do r�u, Valdomiro Vieira, questionou a reconstitui��o do assassinato da jovem Ele afirmou, durante a sua sustenta��o oral, que houve falhas na reprodu��o realizada durante a fase do inqu�rito. O advogado come�ou a falar �s 15h05. Durante duas horas, sustentou o que Toledo afirmou em depoimento. O r�u disse que a jovem se matou dentro do carro dele. Valdomiro Vieira disse que a morte da v�tima n�o foi causada pelo disparo de arma de fogo, mas por complica��es pulmonares. Para ele, o ex-delegado nunca foi pessoa violenta ou capaz de praticar crimes. Por fim, pediu aos jurados que n�o cometam injusti�a.


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