
As avalia��es dos estragos provocados pelo rompimento da barragem de Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, comprovam, ainda mais, o gigantesco dano ambiental causado pela lama de rejeitos da empresa Samarco, controlada pela Vale e a BHP Billinton. A avalanche provocou a supress�o de 324 hectares de �reas de Mata Atl�ntica, sendo 236 ha de florestas nativas e outros 88 ha de vegeta��o natural. Al�m disso, afetou um total de 679 quil�metros de rios.
Equipes da Funda��o SOS Mata Atl�ntica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a empresa de geotecnologia Arcplan, fizeram a avalia��o dos munic�pios atingidos pela lama de rejeitos da trag�dia de 5 de novembro. A an�lise foi feita na �rea que abrange Mariana, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponto Nova, todos integralmente inseridos nos limites da Mata Atl�ntica, segundo o mapa de aplica��o da Lei da Mata Atl�ntica.
Foi constatado que a lama atingiu uma �rea de 1.775 hectares, o que corresponde a 17 quil�metros quadrados dos munic�pios. Foram destru�dos regi�es de vegeta��o nativa ou alteradas por pasto, agricultura e malhas urbanas.
Al�m da mata atl�ntica, os rejeitos de minera��o tamb�m atingiram rios. Foram 114 quil�metros de cursos d'�gua da barragem de Bento Rodrigues at� a represa de Candonga, em Rio Doce. Neste trecho, foram polu�dos 12 km do Rio Doce, 28 km do Rio Carmo, 69 km do Rio Gualaxo do Norte, 3 km do c�rrego Santar�m e 2 km do afluente do c�rrego Santar�m. O estudo apontou que a Usina de Candonga absorveu o impacto da onda de lama. Por isso, depois do local, o impacto foi apenas no leito do rio, sem causar remo��o de vegeta��o nas margens.
Equipes da SOS Mata Atl�ntica continuam as an�lises da trag�dia. Uma expedi��o visita, desde domingo, munic�pios afetados pelos rejeitos. O objetivo � coletar sedimentos da �gua e monitorar a qualidade da �gua do Rio Doce e afluentes impactados.