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Estado de Minas

Condi��es prec�rias de atingidos em Mariana impressionam inspetores da ONU

Comiss�rios da ONU conversam com moradores dos distritos atingidos pela lama e anunciam um relat�rio com cr�ticas � situa��o que viram em Mariana


postado em 13/12/2015 06:00 / atualizado em 13/12/2015 08:26

Inspetores das Nações Unidas não tiveram tempo de ir a Bento Rodrigues. Eles se reuniram com vítimas do rompimento da Barragem do Fundão e com representantes da Samarco(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Inspetores das Na��es Unidas n�o tiveram tempo de ir a Bento Rodrigues. Eles se reuniram com v�timas do rompimento da Barragem do Fund�o e com representantes da Samarco (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
As condi��es prec�rias das fam�lias atingidas pelo rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas, impressionaram os inspetores do Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organiza��o das Na��es Unidas ((ONU), que ontem se reuniram com representantes dos desabrigados e com diretores da Samarco. O grupo chegou � Mariana no come�o da tarde e fez as reuni�es a portas fechadas, sem a presen�a da imprensa, mas informou que vai divulgar um relat�rio preliminar sobre a situa��o das v�timas da maior trag�dia ambiental da hist�ria brasileira, com cr�ticas � situa��o que encontraram em Minas Gerais.

Segundo o promotor Guilherme Meneghim, que acompanhou as conversas dos inspetores da ONU com os moradores, “eles mais ouviram do que falaram. Ficaram impressionados com a quantidade de danos humanit�rios e com a aus�ncia de amparo por parte da empresa, a falta de aux�lio ao com�rcio, �s crian�as e adolescentes, e prometerem que v�o fazer encaminhamento duro ao governo federal com rela��o a esses fatos”.

No relat�rio, a ser divulgado dia 16, em Bras�lia, os inspetores da ONU v�o denunciar que at� agora 185 fam�lias ainda aguardam em hot�is, entre os moradores atingidos pela onda de lama que escapou da Barragem do Fund�o, arrasando quatro distritos e chegando at� o mar no Esp�rito Santo. Tamb�m ser� dito que essas pessoas at� hoje n�o sabem onde ser� constru�do o novo distrito, em que moldes se dar� a constru��o nem se isso realmente ir� acontecer.  “Essa � a maior decep��o, ver que estamos lutando praticamente sozinhos contra o poder econ�mico de grandes mineradoras. O governo federal passou por Mariana de helic�ptero e sequer abra�ou as v�timas”, reclamou o promotor de Mariana, que levou para a reuni�o a den�ncia de que a Secretaria Nacional de Direitos Humanos at� hoje n�o ofereceu ajuda concreta �s v�timas.

“Hotel � lugar para a gente ficar um dia ou dois. Tamb�m n�o quero morar em Mariana, que � o lugar onde a gente vai para resolver as papeladas, pagar conta no banco e depois voltar para a ro�a. Sabe o que a gente quer mesmo, mesmo? A que gente quer � ter a certeza de que vamos construir de novo a nossa Bento”, disse o ex-morador da comunidade mais afetada pela lama Expedito Lucas da Silva, de 45 anos, quatro filhos.

Segundo Ulrik Halsten, um dos representantes da delega��o da ONU, que falou rapidamente com os jornalistas, o tempo foi pequeno demais para o grupo se deslocar at� Bento Rodrigues. Ele se negou a comentar se o relat�rio a ser entregue pela comiss�o ir� entrar em detalhes especificamente sobre a trag�dia do rompimento da Barragem de Fund�o.

SAMARCO
Em nota distribu�da ontem no come�o da tarde, a mineradora Samarco informou que j� s�o 200 fam�lias transferidas dos hot�is para im�veis, num total de 754 pessoas. Ainda faltam 545 moradores dos distritos afetados pela lama que vazou da Barragem do Fund�o.


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