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Estado de Minas

Com maior infesta��o do Aedes aegypti do Sudeste, Par� de Minas faz vale tudo contra mosquito

Cidade quer multar quem n�o ajudar no combate aos focos do inseto transmissor da dengue, da chikungunya e do zika v�rus. Mosquito est� presente em 6,9 de cada 100 im�veis


postado em 14/12/2015 06:00 / atualizado em 14/12/2015 07:25

Agente de saúde procura larvas do mosquito em vasilhames encontrados em um quintal na periferia da cidade. Qualquer recipiente pode servir como criatório para o vetor de três doenças que assustam(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Agente de sa�de procura larvas do mosquito em vasilhames encontrados em um quintal na periferia da cidade. Qualquer recipiente pode servir como criat�rio para o vetor de tr�s doen�as que assustam (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Par� de Minas – Para se livrar do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika v�rus, Par� de Minas poder� multar os donos dos im�veis onde houver reincid�ncia de focos do inseto. � que o munic�pio, com 85 mil habitantes e a 70 quil�metros de Belo Horizonte, lidera o ranking de cidades do Sudeste com maior �ndice de infesta��o do mosquito (6,9%). Isso significa que a cada 100 im�veis, 6,9 t�m criat�rios do inseto, o que configura situa��o de risco de surto das tr�s doen�as.


]A proposta, elaborada pelo Conselho Municipal de Sa�de, ser� transformada em projeto de lei e encaminhada � aprecia��o da C�mara Municipal. Por enquanto, n�o foi definido o valor da multa. “Mais de 50% dos focos est�o em locais reincidentes”, disse o secret�rio de Sa�de e integrante do conselho, Cl�ber Faria.

Al�m disso, a administra��o municipal p�e em funcionamento, esta semana, um servi�o telef�nico 0800 para que os moradores denunciem im�veis onde existam focos do Aedes aegypti. E caso algu�m impe�a a entrada dos agentes de sa�de para erradicar os criat�rios do mosquito, o Minist�rio P�blico ser� acionado para assegurar o combate ao vetor da dengue, da chikungunya e do zika v�rus.

O Estado de Minas foi a Par� de Minas para conhecer os motivos que levaram o munic�pio a ocupar o topo do triste ranking do Sudeste. O percentual de 6,9% foi apurado pelo Levantamento R�pido do �ndice de Infesta��o por Aedes aegypti (LIRAa), do Minist�rio da Sa�de, e se tornou uma grande preocupa��o das autoridades municipais de sa�de e da popula��o, principalmente depois da confirma��o da rela��o do zika v�rus com os casos de microcefalia registrados em v�rios estados.

Em Minas Gerais, ainda n�o h� confirma��o de casos de microcefalia causados pelo v�rus transmitido pelo Aedes aegypti, mas h� 28 registros da anomalia em beb�s sendo analisados pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG). “Isso mostra a pot�ncia do mosquitinho”, ressaltou Faria.

A principal causa da grande incid�ncia de focos do mosquito no munic�pio � o problema de abastecimento de �gua que a popula��o enfrentou no ano passado e no primeiro semestre de 2015. Sem ter outra alternativa, muitas fam�lias improvisaram reservat�rios para armazenar �gua, o que fez com que a infesta��o disparasse. Em mar�o, o primeiro LIRAa de 2015 apontou �ndice de 13,5%, o que fez a prefeitura convocar a popula��o para uma guerra contra a dengue.

Houve redu��o, mas, mesmo com a normaliza��o do abastecimento de �gua, grande n�mero de pessoas, com medo de faltar �gua, mant�m tambores, m�quinas de lavar e outros recipientes como reservat�rios. A situa��o favorece a prolifera��o do inseto. A prefeitura estima que h� 40 mil caixas d’�gua em solo, como s�o chamados os reservat�rios excedentes. “N�o adianta s� tamp�-las. Tem de tratar tudo. Houve quem reservasse �gua at� em liquidificador”, contou o secret�rio.

Ao todo, 60 agentes percorrem a cidade para combater o mosquito. Eles lutam contra outro motivo que contribuiu para que Par� de Minas alcan�asse o topo do LIRAa no Sudeste: o desconhecimento de muita gente com recipientes com �gua. Na �ltima semana, eles foram � casa de dona Rafaela Rodrigues, de 25 anos, no Residencial Capanema, periferia da cidade, “Todo cuidado � pouco nesse bairro, porque h� muitos focos aqui”, contou a mulher, m�e de Maria Luiza, de 4, e Yasmin, de 8.

Preocupada com a sa�de das filhas, ela ouviu atentamente as orienta��es dos agentes. Rafaela prometeu ficar atenta a todos objetos que podem acumular �gua da chuva, como tampinhas de garrafa e embalagens. “Temos de manter tudo limpo para que n�o tenhamos um criat�rio do mosquito”, disse.

Dona Solange Concei��o de Oliveira, de 37, tamb�m mora no Residencial Capanema. Na casa dela, toda precau��o � pouca. “Miseric�rdia dessas doen�as transmitidas pelo mosquito.” Mas nem todos na regi�o pensam como as duas vizinhas. Copos descart�veis, tampinhas de garrafa e outros objetos que possam acumular �gua servem como criat�rios do Aedes e s�o encontrados facilmente.

ESPERAN�A A Secretaria Municipal de Sa�de avalia que o �ndice de 6,9% pode despencar para menos de 1%, o que faria com que a cidade afastasse o risco de um surto de dengue. Para o secret�rio, � medida que as pessoas entenderem que o desabastecimento de �gua foi resolvido, as fam�lias deixar�o de improvisar reservat�rios para armazenar o l�quido.

“Se for resolvido o problema dos reservat�rios em casa, nosso �ndice pode cair para 0,6%, o que � aceit�vel”, acredita Faria, acrescentando que outro ponto importante para reduzir o �ndice � a dedica��o dos moradores. “As pessoas precisam ter a responsabilidade de gastar 10 minutos por semana contra o mosquito. Mais de 90% dos focos est�o em resid�ncias. O restante em terrenos baldios, dep�sitos de entulhos etc.”

Saiba mais

Crit�rios o LIRAa


De acordo com os crit�rios do governo federal, munic�pios com �ndice de infesta��o abaixo 1% est�o em condi��es satisfat�rias. De 1% a 3,9%, configura estado de alerta. J� nas cidades com �ndice igual ou acima de 4%, h� risco de surto das tr�s mol�stias. Par� de Minas registrou 213 casos de dengue entre janeiro e novembro de 2015. A boa not�cia � que n�o h�
casos de zika v�rus.

Enquanto isso...WhatsApp contra o mosquito

Moradores de Rio Manso, a 60 quil�metros da capital mineira, criaram um grupo no WhatsApp para auxiliar na destrui��o de focos do Aedes aegypti. A mobiliza��o ganhou a ades�o de mais de 80 habitantes da cidade, na Regi�o Central do estado. Eles usam o aplicativo para divulgar datas e hor�rios dos mutir�es de limpeza e outras atividades de combate aos focos. Tamb�m divulgam informa��es e debatem assuntos ligados �s mol�stias transmitidas pelo inseto.


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