
]A proposta, elaborada pelo Conselho Municipal de Sa�de, ser� transformada em projeto de lei e encaminhada � aprecia��o da C�mara Municipal. Por enquanto, n�o foi definido o valor da multa. “Mais de 50% dos focos est�o em locais reincidentes”, disse o secret�rio de Sa�de e integrante do conselho, Cl�ber Faria.
Al�m disso, a administra��o municipal p�e em funcionamento, esta semana, um servi�o telef�nico 0800 para que os moradores denunciem im�veis onde existam focos do Aedes aegypti. E caso algu�m impe�a a entrada dos agentes de sa�de para erradicar os criat�rios do mosquito, o Minist�rio P�blico ser� acionado para assegurar o combate ao vetor da dengue, da chikungunya e do zika v�rus.
Em Minas Gerais, ainda n�o h� confirma��o de casos de microcefalia causados pelo v�rus transmitido pelo Aedes aegypti, mas h� 28 registros da anomalia em beb�s sendo analisados pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG). “Isso mostra a pot�ncia do mosquitinho”, ressaltou Faria.
A principal causa da grande incid�ncia de focos do mosquito no munic�pio � o problema de abastecimento de �gua que a popula��o enfrentou no ano passado e no primeiro semestre de 2015. Sem ter outra alternativa, muitas fam�lias improvisaram reservat�rios para armazenar �gua, o que fez com que a infesta��o disparasse. Em mar�o, o primeiro LIRAa de 2015 apontou �ndice de 13,5%, o que fez a prefeitura convocar a popula��o para uma guerra contra a dengue.
Houve redu��o, mas, mesmo com a normaliza��o do abastecimento de �gua, grande n�mero de pessoas, com medo de faltar �gua, mant�m tambores, m�quinas de lavar e outros recipientes como reservat�rios. A situa��o favorece a prolifera��o do inseto. A prefeitura estima que h� 40 mil caixas d’�gua em solo, como s�o chamados os reservat�rios excedentes. “N�o adianta s� tamp�-las. Tem de tratar tudo. Houve quem reservasse �gua at� em liquidificador”, contou o secret�rio.
Ao todo, 60 agentes percorrem a cidade para combater o mosquito. Eles lutam contra outro motivo que contribuiu para que Par� de Minas alcan�asse o topo do LIRAa no Sudeste: o desconhecimento de muita gente com recipientes com �gua. Na �ltima semana, eles foram � casa de dona Rafaela Rodrigues, de 25 anos, no Residencial Capanema, periferia da cidade, “Todo cuidado � pouco nesse bairro, porque h� muitos focos aqui”, contou a mulher, m�e de Maria Luiza, de 4, e Yasmin, de 8.
Preocupada com a sa�de das filhas, ela ouviu atentamente as orienta��es dos agentes. Rafaela prometeu ficar atenta a todos objetos que podem acumular �gua da chuva, como tampinhas de garrafa e embalagens. “Temos de manter tudo limpo para que n�o tenhamos um criat�rio do mosquito”, disse.
Dona Solange Concei��o de Oliveira, de 37, tamb�m mora no Residencial Capanema. Na casa dela, toda precau��o � pouca. “Miseric�rdia dessas doen�as transmitidas pelo mosquito.” Mas nem todos na regi�o pensam como as duas vizinhas. Copos descart�veis, tampinhas de garrafa e outros objetos que possam acumular �gua servem como criat�rios do Aedes e s�o encontrados facilmente.
ESPERAN�A A Secretaria Municipal de Sa�de avalia que o �ndice de 6,9% pode despencar para menos de 1%, o que faria com que a cidade afastasse o risco de um surto de dengue. Para o secret�rio, � medida que as pessoas entenderem que o desabastecimento de �gua foi resolvido, as fam�lias deixar�o de improvisar reservat�rios para armazenar o l�quido.
“Se for resolvido o problema dos reservat�rios em casa, nosso �ndice pode cair para 0,6%, o que � aceit�vel”, acredita Faria, acrescentando que outro ponto importante para reduzir o �ndice � a dedica��o dos moradores. “As pessoas precisam ter a responsabilidade de gastar 10 minutos por semana contra o mosquito. Mais de 90% dos focos est�o em resid�ncias. O restante em terrenos baldios, dep�sitos de entulhos etc.”
Saiba mais
Crit�rios o LIRAa
De acordo com os crit�rios do governo federal, munic�pios com �ndice de infesta��o abaixo 1% est�o em condi��es satisfat�rias. De 1% a 3,9%, configura estado de alerta. J� nas cidades com �ndice igual ou acima de 4%, h� risco de surto das tr�s mol�stias. Par� de Minas registrou 213 casos de dengue entre janeiro e novembro de 2015. A boa not�cia � que n�o h�
casos de zika v�rus.
Enquanto isso...WhatsApp contra o mosquito
Moradores de Rio Manso, a 60 quil�metros da capital mineira, criaram um grupo no WhatsApp para auxiliar na destrui��o de focos do Aedes aegypti. A mobiliza��o ganhou a ades�o de mais de 80 habitantes da cidade, na Regi�o Central do estado. Eles usam o aplicativo para divulgar datas e hor�rios dos mutir�es de limpeza e outras atividades de combate aos focos. Tamb�m divulgam informa��es e debatem assuntos ligados �s mol�stias transmitidas pelo inseto.