Instrutora de c�o-guia impedida de embarcar com animal

Uma instrutora de treinamento de c�o-guia foi impedida de embarcar com o animal, nesta quarta-feira, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Mar�lia Bessa Pereira, de 31 anos, saiu de Alegre, no Esp�rito Santo, onde mora, e seguiria para Fortaleza, no voo JJ-3769, da TAM. Ela � aluna de um centro especializado em adestramento de animais e veio para BH de �nibus. O retorno da cidade cearense para o Esp�rito Santo estava previsto para o dia 30 deste m�s. 

Mar�lia disse � reportagem que comprou a passagem em setembro e, na ocasi�o, ela enviou um e-mail para companhia �rea no qual informou que levaria uma c�o da ra�a labrador para treinamento. Em resposta, empresa a aconselhou a entrar em contato com a central de atendimento. O servi�o, por sua vez, recomendou que Mar�lia realizasse o check-in no guich� da TAM com anteced�ncia e apresentasse a documenta��o necess�ria para levar o animal, conforme relato da instrutura. Ela informou ainda que chegou ao aeroporto por volta das 8h30 de hoje. "Apresentei a minha carteira de identifica��o de instrutora, o n�mero de inscri��o do centro, o cart�o de vacina do animal e toda a documenta��o exigida. Estou resguardada pela lei", disse.

Segundo a passageira, a companhia a impediu de viajar porque ela n�o � deficiente visual e a orientou a remarcar o passagem O Decreto 5.904, de 21 de setembro de 2006, disp�e sobre o direito de deficientes visuais de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo com c�o-guia, al�m do treinamento do animal. O inciso III do artigo 3 determina que "o c�o em fase de socializa��o e treinamento dever� ser identificado por uma plaqueta, presa � coleira, com a inscri��o 'c�o-guia em treinamento', aplicando-se as mesmas exig�ncias de identifica��o do c�o-guia, dispensado o uso de arreio com al�a." O texto ressalta ainda que o instrutor/treinador deve ser devidamente identificado para o embarque. Insatisfeita com a empresa �rea e sem poder viajar, Mar�lia disse que vai acionar a TAM na Justi�a e voltar � sua cidade natal.

O em.com.br entrou em contato com a TAM, que reconheceu o problema e disse "que se sensibiliza com o ocorrido e informa que a passageira embarcar� para o destino acompanhada pelo c�o-guia".