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Estado de Minas

Indeniza��es trazem al�vio para fam�lias de Mariana na v�spera de Natal

Parentes das 19 v�timas falecidas ou desaparecidas devem receber R$ 100 mil a t�tulo de antecipa��o de indeniza��o. Cada fam�lia que sofreu deslocamento f�sico receber� R$ 20 mil


postado em 25/12/2015 06:00 / atualizado em 25/12/2015 08:53

"A gente queria passar o Natal onde a gente estava. Mas, como ocorreu a trag�dia, a gente tem que aceitar que � muito melhor passar em casa, mesmo que alugada, do que no hotel", Jos� do Nascimento de Jesus, presidente da Associa��o Comunit�ria de Bento Rodrigues (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Dif�cil apagar a dor e as lembran�as, mas quem viveu na pele a trag�dia provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos de min�rio em Mariana, na Regi�o Central de Minas, conseguiu um alento neste Natal. Acordo do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) e a mineradora Samarco, que define indeniza��o emergencial para as v�timas, trouxe, no m�nimo, um pouco de al�vio e conforto nesta data comemorativa.

“Acho que a nossa comunidade ganhou com isso. Foi acima da nossa expectativa. A nossa proposta foi de R$ 10 mil e vieram R$ 10 mil a mais de indeniza��o. Tem muita gente que perdeu tudo e que est� precisando de grana”, disse Jos� do Nascimento de Jesus, o Zezinho do Bento, presidente da Associa��o Comunit�ria de Bento Rodrigues, uma das comunidades destru�das pelo mar de lama que desceu da Barragem de Fund�o, em 5 de novembro.

Segundo Zezinho do Bento, o Natal jamais ser� o mesmo para quem perdeu parentes na trag�dia. “� o primeiro Natal sem essas pessoas que morreram. Mesmo se as fam�lias j� estivessem reassentadas definitivamente, ainda n�o seria como elas esperavam. � um Natal diferente de todos que a gente j� viveu, pois ningu�m se conforma em perder uma vida humana, ningu�m quer”, lamentou. “Perdemos parentes, amigos e conhecidos, mas pelo menos a maior parte das v�timas saiu com vida e estamos felizes por isso. S� temos a agradecer a Deus por isso”, comentou.

O acordo foi homologado pelo juiz em substitui��o na 2ª Vara C�vel, Criminal e de Execu��es Penais de Mariana, Frederico Esteves Duarte Gon�alves. Tamb�m participaram da audi�ncia de concilia��o as empresas Vale e BHP Billiton. As fam�lias das 19 v�timas falecidas ou desaparecidas devem receber R$ 100 mil a t�tulo de antecipa��o de indeniza��o. Cada fam�lia que sofreu deslocamento f�sico receber� R$ 20 mil, dos quais R$ 10 mil s�o antecipa��o de indeniza��o e R$ 10 mil n�o ser�o pass�veis de compensa��o futura. Para o pagamento desses valores, a Samarco poder� levantar R$ 5,5 milh�es dos R$ 300 milh�es bloqueados na a��o cautelar vinculada ao processo. A mineradora ter� at� 31 de janeiro para prestar conta em ju�zo do valor gasto.

A Samarco se comprometeu a continuar, por 12 meses, a pagar um sal�rio-m�nimo para cada pessoa que perdeu a renda em raz�o do rompimento da barragem. Esse valor ser� acrescido de 20% por membro dependente do n�cleo familiar. A empresa vai tamb�m fornecer uma cesta b�sica, de R$ 338, conforme refer�ncia do Dieese, por fam�lia. A mineradora informou que j� vem fornecendo cestas b�sicas a 252 fam�lias.

Quando houver o reassentamento definitivo, as fam�lias ainda ter�o mais tr�s meses depois da entrega das chaves para fazer a mudan�a, garante o acordo. Mas, se alguma fam�lia n�o concordar em ser reassentada definitivamente, a mineradora ainda vai continuar pagando aluguel por at� um ano. A Samarco concluiu a transfer�ncia de 271 fam�lias de hot�is para casas alugadas. Quatro preferiram continuar em hot�is e a hospedagem continua sendo custeada pela mineradora. A quem perdeu tudo na trag�dia, mas que n�o quer ficar alojada em hot�is ou em casas alugadas e prefere ficar na casa de parentes, por exemplo, o acordo garante o recebimento mensal de R$ 1,2 mil, equivalente ao valor do aluguel pago. Esse pagamento � retroativo a 5 de novembro.

Segundo Zezinho, as fam�lias est�o felizes por passar o Natal fora do hotel, mas “n�o totalmente”, ressalta. “A gente queria passar o Natal onde a gente estava. Mas, como ocorreu a trag�dia, a gente tem que aceitar que � muito melhor passar em casa, mesmo que alugada, do que no hotel. Hotel � para a gente ficar dois ou tr�s dias, mas n�o para morar”, comentou. “Que Deus aben�oe e ilumine esse novo caminho para n�s, que tamb�m ponha a sua ben��o em todo o povo brasileiro, que foi solid�rio e nos apoiou nesse momento t�o dif�cil das nossas vidas”, agradeceu.


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