A lama que vazou ap�s rompimento da barragem de minera��o em Mariana (MG), em novembro, pode chegar ao Caribe, sugeriu nesta segunda-feira o secret�rio de Pol�ticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o, Jailson Bittencourt de Andrade, durante evento com a comunidade cient�fica no Rio de Janeiro.
“Que n�o me escutem, mas acho que chegar� [lama] ao Caribe, pois se olharmos a termossalina [circula��o oce�nica gerada pela diferen�a de densidade das �guas], ela se aproxima da costa brasileira, especialmente entre Porto Seguro e Ilh�us. E a termossalina sobe em uma dire��o, na superf�cie, mas volta para outra dire��o, que n�o � na superf�cie. Isso vai circular bastante. A quest�o � se haver� impacto ou n�o, e que impacto ter�”, disse.
Ele apresentou nesta tarde, no audit�rio da Academia Brasileira de Ci�ncias (ABC), centro da capital fluminense, a Proposta da Estrat�gia Nacional de Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o 2016-2019.
No in�cio do m�s, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis anunciou que uma mancha no oceano, que chegou � regi�o sul da Bahia e atingiu o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, local com maior biodiversidade de corais do Atl�ntico, poderia ser oriunda da barragem de Mariana.
A empresa Samarco, respons�vel pelo rompimento de uma barragem de minera��o em Mariana, disse que n�o h� qualquer comprova��o t�cnica de que o material observado na regi�o de Abrolhos seja proveniente do acidente na Barragem do Fund�o.
O colapso da Barragem do Fund�o, em 5 de novembro, em Mariana, causou a morte de 17 pessoas, devastou o distrito de Bento Rodrigues, prejudicou o abastecimento de �gua em dezenas de cidades, afetou a biodiversidade do Rio Doce e continua causando estragos no oceano.