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Estado de Minas

Morte de casal em Arax� intriga fam�lia e pol�cia

Parentes da estudante brutalmente assassinada com o marido buscam explica��es para o crime. Pela crueldade, pol�cia n�o descarta que casal tenha sido morto por vingan�a


postado em 26/01/2016 06:00 / atualizado em 26/01/2016 11:11

Casa das vítimas já havia sido alvo de arrombamento e obra para colocar cerca na residência no Bairro Veredas do Belvedere estava sendo executada(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Casa das v�timas j� havia sido alvo de arrombamento e obra para colocar cerca na resid�ncia no Bairro Veredas do Belvedere estava sendo executada (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Arax� – “Ela tinha uma postura de carinho e amor incr�vel. Era extremamente carism�tica. Est� muito dif�cil para n�s nesse momento”, desabafa Jo�o D’Eluz, de 63 anos, av� de Rafaela D’Eluz Giordani, de 21, brutalmente assassinada em Arax�, no Alto Parana�ba. O sentimento de tristeza sem fim � compartilhado por toda fam�lia D’Eluz, tradicional na cidade, e que foi devastada por um crime ainda sem explica��es, que intriga a Pol�cia Civil da cidade. Parentes da estudante – que seguiria os passos da m�e e do av� como advogada – n�o conseguem compreender qual foi a motiva��o de bandidos que mataram ela e o marido, o empres�rio Higor Humberto Fonseca de Sousa, de 26, na tarde do �ltimo s�bado. A per�cia constatou mais de 100 facadas em Higor e 12 no pesco�o da jovem. Ambos foram encontrados em casa amarrados e ningu�m foi preso at� o momento.

Nascida em Arax�, Rafaela tinha dois pais, como o av� gosta de ressaltar. O biol�gico, Alex Giordani, que � empres�rio, e o padrasto, Paulo Henrique Cruvinel, servidor do Judici�rio. A m�e, Daniela D’Eluz, de 38, advogada formada na primeira turma de direito de Arax�, fazia de tudo pela alegria e sucesso da filha. O carinho de tr�s fam�lias foi crucial para a forma��o do car�ter da jovem, segundo os parentes, que tinha cinco meses de casada com Higor, dono de uma loja de radiadores e natural de Patos de Minas, tamb�m no Alto Parana�ba. Ela j� havia feito est�gio no Minist�rio P�blico e atualmente trabalhava com o pai biol�gico, que � dono de uma loja de autope�as. Antes de se casar, em setembro de 2015, namorou cerca de dois anos.

“O casamento foi uma festa linda, a m�e dela fez de tudo para o momento ser m�gico, �nico na hist�ria da filha. Ela tinha uma vida inteira pela frente, com um incr�vel potencial”, acrescenta o av� Jo�o D’Eluz, que � advogado, assim como a filha. Ele lembra um momento em que as tr�s gera��es da fam�lia estiveram em um Tribunal do J�ri. “Foi em novembro. Eu e minha filha atuando, e a Rafaela nos auxiliando. O juiz e o promotor destacaram o fato. De t�o empolgada e atuante, ela chegou a ser chamada de doutora”, ressalta o av�. O padrasto, que � pai da irm� mais nova de Rafaela, lembra quais as caracter�sticas que v�o ficar na mem�ria da fam�lia. “O que fica � a crian�a muito alegre e divertida e a dor de perder um ente t�o querido. Estamos agora aguardando o trabalho da Pol�cia Civil”, afirma Paulo Cruvinel.

INVESTIGA��O O delegado respons�vel pelo caso, Sandro Negr�o, ainda n�o descarta nenhuma das duas principais hip�teses para a morte do casal. Latroc�nio, que � o roubo seguido de morte, por causa da caminhonete e das duas televis�es que foram levadas da resid�ncia, e vingan�a, j� que a crueldade com os dois foi muito grande.

O delegado responsável pelo caso, Sandro Negrão, acredita que mais de duas pessoas participaram do crime, devido ao físico de Higor(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
O delegado respons�vel pelo caso, Sandro Negr�o, acredita que mais de duas pessoas participaram do crime, devido ao f�sico de Higor (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
“Acredito que eram mais de duas pessoas na cena do crime, at� porque o Higor � alto e forte. Temos informa��es de alguma desaven�a dele, mas nada que garanta com certeza uma possibilidade de vingan�a”, diz o policial. Al�m de a��car e fub�, que foram encontrados nos corpos de Rafaela e Higor, respectivamente, havia bastante p� de caf� em c�modos diferentes, onde n�o estavam os corpos. “Os bandidos fizeram uma mistura de �gua e caf� e espalharam em alguns pontos. A �nica coisa que j� vimos sobre o uso de caf� � para tirar cheiro de drogas”, diz o coordenador do Instituo M�dico Legal de Arax�, Hudson Fiuza Lemos.

A reportagem do EM conversou com uma vizinha do casal que ouviu alguns gritos na casa por volta de 13h. “Isso foi pouco antes de eu sair de casa. Quando eu sa�, a caminhonete S-10 que foi roubada estava em casa. Quando voltei, por volta de 16h, j� n�o estava mais”, afirma ela, que pediu para n�o ser identificada. A vizinha lembra ainda que viu duas motos suspeitas na rua de Higor e Rafaela na �ltima quinta-feira, um dia depois de uma tentativa de arrombamento da casa dos dois. Inclusive, metade da cerca de concertina que Higor comprou depois da tentativa de furto j� tinha sido colocada em cima do muro da casa no Bairro Veredas do Belvedere.

Raquel levou 12 facadas e Higor, mais de 100: crime chocou Araxá(foto: Álbum de família)
Raquel levou 12 facadas e Higor, mais de 100: crime chocou Arax� (foto: �lbum de fam�lia)


Entrevista

Jo�o D’Eluz, de 63 anos, advogado, av� da Rafaela. 'Eles tinham um mundo pela frente'

Mesmo consternado com a morte da neta, Jo�o D’Eluz deu entrevista ao EM e n�o esconde a tristeza pelo futuro interrompido do casal

O senhor chegou a entrar no local do crime?

Sim, fui l� e vi tudo revirado. Nunca aconteceu, na hist�ria de Arax�, um crime com essa atrocidade. � duro demais, voc� nem imagina o que estamos passando neste momento.

Como era a vida de rec�m-casada da Rafaela?

Ela estava praticamente vivendo no mundo das maravilhas. No fim de ano, reunimos a fam�lia na casa dela e comemoramos as festas. Estava come�ando uma vida promissora. Os dois tinham uma vis�o extremamente empreendedora e ela ainda estudava para ser uma advogada. Eles tinham o mundo pela frente.

Qual lembran�a da sua neta vai ficar na mem�ria?

Ela tinha um costume de chegar perto de mim e bagun�ar o meu cabelo todo para me amolar, brincar comigo. Depois, ela virava e falava: ‘Ben�a, v�!’. Ela tinha um sorriso lindo, parecia uma boneca de t�o bonita.


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