Presidente da BHTrans defende necessidade de viaduto na Pedro I

Apesar de relat�rio da BHTrans afirmar que o tr�fego n�o est� prejudicado sem o complexo de dois viadutos sobre as avenidas Dom Pedro I e Ol�mpio Mour�o Filho, ligando as regi�es Norte e Venda Nova na capital, o presidente da empresa, Ramon Victor Cesar, discorda das informa��es do documento: “Preciso desse viaduto j�. � urgente, pois h� uma demanda”, retrucou o dirigente. O documento, divulgado pelo Estado de Minas na quinta-feira, conclui que a opera��o de tr�nsito no local est� em “n�veis de servi�o satisfat�rios”.

O complexo Batalha dos Guararapes era parte do plano de mobilidade, com amplia��o da Avenida Pedro I, visando � Copa do Mundo de Futebol de 2014. H� um ano e meio, durante retirada do escoramento da al�a sul do complexo, a estrutura caiu. Com isso, a al�a norte foi demolida. No desmoronamento, duas pessoas morreram e 21 ficaram feridas. Por dois meses, o tr�nsito ficou tumultuado, com improvisa��o de desvios. E ainda n�o h� qualquer previs�o para a reconstru��o do complexo, de quase R$ 30 milh�es, at� mesmo pelo pouco impacto de sua aus�ncia no tr�fego de ve�culos. Para o dirigente, com os viadutos, o ganho na fluidez do tr�nsito seria de 10%.

Ramon Victor admite que a situa��o atual, com o uso de sem�foros, � melhor do que antes das obras de amplia��o da Avenida Pedro I. Mas garante que est� “muito pior do que se opera��o fosse com os viadutos”. Segundo ele, o relat�rio que conclui que o tr�nsito local � “satisfat�rio” � parte de um estudo maior e n�o afirma que a constru��o dos elevados seja desnecess�ria.

Depois da demoli��o e limpeza de escombros da al�a norte do Batalha dos Guararapes, o trecho localizado entre a Rua Doutor Am�rico Gasparini e a Rua Jo�o Samaha passou a ser operado por interse��es com cruzamentos atravessando a Dom Pedro I e controlados por sem�foros, o que permite a liga��o entre os bairros S�o Jo�o Batista e Planalto. De acordo com o documento da BHTrans, na situa��o atual de aus�ncia do complexo de viadutos, a interse��o das avenidas Pedro I e Ol�mpio Mour�o Filho opera “com n�veis de servi�o satisfat�rios. Ao se fazer o atendimento aos fluxos de pedestres, por sinaliza��o semaf�rica, tamb�m s�o atendidos os fluxos veiculares com origem/destino sem forma��o de filas e com aceit�vel grau de satura��o”.

Os t�cnicos da empresa refor�am o parecer afirmando que “n�o t�m sido identificados congestionamentos reiterados e/ou defasagem dos ve�culos entre ciclos semaf�ricos – fechamentos de cruzamento –, ap�s a implanta��o do projeto de adequa��o da referida interse��o para sua opera��o sem o viaduto nem ocorr�ncias de acidentes graves no trecho impactado”. Ainda na avalia��o do �rg�o, os agentes e engenheiros de tr�fego registraram que, “n�o est�o comprometidas a opera��o e as funcionalidades do sistema BRT/Move no corredor e, em especial, no local em pauta. Este vem sendo monitorado pela equipe operacional da BHTrans , enquanto s�o avaliados eventuais ajustes na interse��o referida, bem como alternativas para o definitivo tratamento vi�rio da mesma”.

Na �poca do levantamento, o volume m�dio de tr�fego di�rio nas seis pistas da Avenida Dom Pedro I era de 39.456 ve�culos, a maioria autom�veis (32.739) e motos (4.599), al�m dos �nibus e caminh�es (2.118) e dos transportes coletivos do BRT/Move (732), na pista central duplicada e exclusiva.

O dirigente da BHTrans acrescentou que a instala��o do complexo � essencial no processo de estrutura��o da Via 590, entre as regi�es Leste e Pampulha, que desde 1979 faz parte dos planos de mobilidade da capital. Por�m, Ramon considera que a reconstru��o dos viadutos n�o ocorrer� na atual administra��o municipal, devido ao processo judicial sobre as causas do acidente.