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Estado de Minas

Rodovias federais que cortam Minas registram menos de 1 mil mortes em 2015

Avan�o � in�dito em nove anos. Mesmo assim, acidentes nas BRs superam, e muito, dados de pa�ses como os EUA


postado em 29/01/2016 06:00 / atualizado em 29/01/2016 08:13

Radar instalado na BR-040: equipamentos, mesmo inativos, levam motoristas a reduzir a velocidade e evitar colisões em trechos considerados mais perigosos (foto: (Cristina Horta/EM/D.A Press))
Radar instalado na BR-040: equipamentos, mesmo inativos, levam motoristas a reduzir a velocidade e evitar colis�es em trechos considerados mais perigosos (foto: (Cristina Horta/EM/D.A Press))

Pela primeira vez em nove anos, Minas Gerais registrou menos de 1 mil mortes nas rodovias federais que cortam o estado. Dados obtidos pelo EM por meio da Lei de Acesso � Informa��o e fornecidos pela Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) em Bras�lia mostram que, no ano passado, foram 964 �bitos nas BRs mineiras, patamar nunca alcan�ado entre 2007 e 2014, na s�rie hist�rica de dados disponibilizada pela PRF em Minas. A queda ocorre pelo segundo ano consecutivo, tanto em rela��o aos acidentes quanto aos mortos. Em 2014, 21.664 batidas tiraram a vida de 1.149 pessoas, enquanto os dados mostram 15.546 acidentes, queda de 28%, e 964 mortes, redu��o de 16%, em 2015. Especialistas acreditam que o fen�meno n�o � pontual de Minas, mas sim uma situa��o que se repetiu em todo o pa�s, gra�as � redu��o da atividade econ�mica – e, consequentemente, de tr�fego de ve�culos – verificada no ano passado. Eles alertam, ainda, para o n�mero muito alto em compara��o com pa�ses desenvolvidos e para a necessidade de tomar medidas para frear a carnificina nas rodovias.

� exce��o da BR-356, que passou de uma para duas mortes e cujo trecho fiscalizado pela PRF fica na Zona da Mata, todas as rodovias federais mineiras registraram redu��o da mortalidade. A campe� de 2015 foi novamente a BR-381, com 225 mortes ante 248 �bitos em 2014 (veja quadro). A BR-040 aparece em segundo lugar, com 179 mortes contra 189 no ano anterior. Apesar de tamb�m ter diminu�do os �bitos, no ano retrasado, a 040 ocupava a terceira posi��o, perdendo para a 116, conhecida como Rio/Bahia. Desta vez, a 116 ficou em terceiro, palco de 165 mortes. No ano passado, pela primeira vez, as BRs 040, 050 e 153 estiveram com toda sua extens�o em Minas nas m�os da iniciativa privada, enquanto uma parte da 262, que vai de BH at� Campo Florido, no Tri�ngulo Mineiro, tamb�m passou o primeiro ano sob responsabilidade de uma concession�ria.

Nesses casos, costuma ser mais f�cil ver algumas medidas que melhoram a circula��o e, consequentemente, aumentam a seguran�a, como servi�os de manuten��o mais �geis e a pintura de sinaliza��o, que antes era prec�ria. O servi�o mais aguardado, entretanto, que � a duplica��o total das rodovias, � prometido para o fim de um contrato de cinco anos. Na BR-040 entre Bras�lia e Juiz de Fora, foram colocados 20 radares pela concession�ria respons�vel, sendo 10 no Anel Rodovi�rio, trecho que n�o entra nas estat�sticas da PRF, e 10 na parte da rodovia que est� inclu�da nos dados. Tr�s deles est�o na regi�o de Contagem, na Grande BH, onde as batidas s�o muito comuns. Em abril, os aparelhos v�o completar um ano de instala��o sem funcionamento, devido � burocracia entre a PRF e a Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para assinatura de um conv�nio. Mesmo assim, � poss�vel ver muita gente diminuindo s� com a coloca��o da estrutura, sem saber se realmente est� fiscalizando.


Para o mestre em sociologia Eduardo Biavati, especialista em educa��o e seguran�a no tr�nsito, o fen�meno observado em Minas ocorreu em outros estados. Ele acredita que a desacelera��o econ�mica teve impacto nas estradas. “Em 2015, tivemos um ano de redu��o da atividade econ�mica. Todo per�odo recessivo impacta diretamente a quantidade de viagens. O fluxo menos intenso criou menos oportunidades de acidentes e impactou o resultado observado”, opina o especialista, que destaca especialmente a diminui��o do transporte de cargas. “N�s sabemos que os caminh�es se envolvem em mais de um ter�o das mortes”, acrescenta Biavati.

Mesmo com a diminui��o, o professor da UFMG Ronaldo Guimar�es Gouv�a,  especialista em engenharia de transportes, ressalta que o n�mero ainda � muito alto em compara��o com outros pa�ses. Na engenharia de tr�fego, ele explica que existe um �ndice que leva em conta as mortes para cada grupo de 10 mil ve�culos. Em pa�ses como Jap�o, Alemanha e EUA,  esse �ndice varia entre dois e cinco �bitos. No Brasil, a varia��o fica entre 18 e 25, segundo Gouv�a. Ele tamb�m acredita que a crise econ�mica � o principal fator que reduziu as trag�dias nas BRs. Por�m, para que isso seja considerado tend�ncia, � necess�rio repeti��o sist�mica, de pelo menos tr�s anos. “Temos muito o que fazer, principalmente em educa��o de tr�nsito, j� que o comportamento dos motoristas � um dos principais respons�veis pela carnificina nas estradas”, afirma. A PRF em Minas n�o se pronunciou sobre os n�meros de 2015.

 


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