
O tema da 41ª edi��o da Banda Mole foi a crise econ�mica, “e tamb�m pol�tica”, ressalta o representante comercial Lauro �lvaro, de 78 anos, que foi terno preto e com notas de Real coladas na roupa, “Capeta”, como ele gosta de ser chamado, carrega uma placa dizendo “Fui eleito”. “Agora sou vereador e estou reclamando do meu sal�rio de R$ 15 mil”, brincou. De crian�a de colo ao idoso, o espa�o � de todos.
O produtor da Banda Mole, Kuru Lima, conta que desde que a prefeitura, Corpo de Bombeiros e outros �rg�os de seguran�a recomendaram a festa em espa�o fechado, e n�o subir mais a Rua da Bahia, o perfil do p�blico da festa tem mudado. Agora � bem mais familia, segundo ele. “Depois de criaram a Parada Gay, a Banda Mole deixou de ser GLBT, que era a sua caracter�stica original”, disse Kuru, referindo- se ao movimento gay, l�sbica, bissexual, travestis e transexuais. “Mas, ainda tem muito homem vestido de mulher”, ressalta o produtor, lembrando que um grupo de 40 idosos sempre chega em �nibus fretado, com vestidos e outros adere�os femininos.
Quem tamb�m caiu na folia foi o taxista Leonardo Alves de Souza, de 28. Ele saiu do banho e foi direto para a avenida com o seu roup�o. “Calor demais”, disse. Pelo menos, ele colocou uma sunga por baixo. “Estou me sentindo na praia. Se chover, tamb�m j� estou preparado”, disse.