Justi�a cancela carnaval de Caxambu

Mesmo sendo uma das festas mais tradicionais do Sul de Minas, a cidade tur�stica de Caxambu ter� de cancelar o carnaval este ano, sob pena do pagamento de R$ 20 mil di�rios em multa. O pedido partiu do Minist�rio P�blico, que alegou que a crise tem feito o munic�pio atrasar o pagamento de contratos de fornecedores e do 13º sal�rio de funcion�rios, n�o se justificando gastar com o evento que come�aria neste s�bado, dia 6.

Segundo a liminar deferida por meio do juiz Raphael Ferreira Moreira, a prefeitura local est� impedida de destinar verbas p�blicas �s festividades do Carnaval deste ano, com base no inqu�rito do MP que apurou que a administra��o pretendia gastar R$ 243.150 com a contrata��o de artistas, bandas, servi�os de buf� ou similares e montagens de estruturas, palcos ou afins para o evento.

Indignado com a decis�o de cassar o carnaval na cidade das �guas, que saiu, segundo ele, “na calada da noite da �ltima sexta-feira”, o prefeito de Caxambu, Ojandir Ubirajara Belini (PP), diz que recorreu da liminar, mas que ainda que se consiga reverter hoje ou amanh�, n�o haver� mais tempo h�bil de montar a festa. “O carnaval j� est� suspenso. N�o h� como trazer a banda l� do Paran�, treinar seguran�as e fechar a entrada da cidade. N�o sei como vamos fazer para resgatar a confian�a dos turistas, acostumados para nossa cidade nos feriados. O turismo � nossa principal fonte de renda”, argumenta.

Segundo o prefeito, mais da metade da verba a ser empregada na montagem do carnaval da cidade (R$ 130 mil) j� estava contratada com patrocinadores e apoiadores dos festejos. O restante dos recursos seria financiado em seis parcelas. “Que prefeitura no Brasil n�o est� devendo? No nosso caso, as d�vidas s�o pag�veis”, garante.

No inqu�rito civil do MP, a d�vida p�blica de Caxambu totalizaria quase R$ 2 milh�es. O Minist�rio P�blico relatou que a administra��o municipal n�o cumpriu um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2011, que visava a acabar com o d�ficit de vagas em creches e centros de educa��o infantil. Ainda de acordo com a Promotoria, a situa��o se agravou, tendo a car�ncia inicial, que era de 55 vagas, aumentado em quase 400%, chegando a 230 vagas.