Em BH, profissionais do mercado imobili�rio, da constru��o civil e alunos de 6 a 14 anos s�o os primeiros a atuar como agentes volunt�rios em suas comunidades e contribuir efetivamente para o combate ao Aedes e, por consequ�ncia, �s doen�as. Ontem, o prefeito de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Bruno Siqueira, confirmou o segundo caso de zika em gr�vidas na cidade. Entretanto, as duas ocorr�ncias ainda n�o constam no balan�o oficial da SES.
A partir deste m�s, corretores, vistoriadores e outros profissionais ligados � C�mara do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) passam a colaborar com a inspe��o de cerca de 50 mil im�veis dispon�veis para venda ou loca��o, que, por estarem fechados, apresentam grande risco de criadouros. Segundo dados da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), 80% dos focos do mosquito s�o encontrados dentro dos domic�lios.
A iniciativa firmada em acordo com a Secretaria Municipal de Sa�de e Coordenadoria de Defesa Civil vai incentivar os corretores a entrar nos im�veis, durante as visitas, com olhar voltado para os locais onde possam estar os focos. Entre eles, ralos, piscinas, vasos sanit�rios, calhas e vasinhos de planta.
A campanha, segundo a vice-presidente da CMI/Secovi, C�ssia Ximenes, n�o tem prazo para ser finalizada. “Queremos agregar mais pessoas e trabalhar enquanto durar o problema”, garante. A inten��o � tamb�m inspirar novas atitudes na iniciativa privada. “Vamos contagiando outras empresas e criando uma rede de combate ao mosquito. O ideal � que outras organiza��es se unam por meio de suas entidades de classe para que consigamos resultados mais efetivos”, afirma. A expectativa � de que 500 empresas do setor imobili�rio, al�m do Secovi-MG, que tem atua��o estadual, participem das a��es.
O diretor comercial da D-Filippo Netim�veis, Jos� de Filippo, j� aderiu � campanha e, al�m da vistoria, providenciou adesivos que s�o colados nas �reas comuns dos pr�dios com dicas preventivas. Para ele, a incid�ncia de casos de dengue entre pessoas pr�ximas e familiares faz com que todos fiquem mais sens�veis a esse tipo de trabalho. “Temos um papel importante em fun��o de termos acesso aos im�veis fechados”, diz. Na imobili�ria comandada por ele, h� pelos 950 im�veis fechados e que passar�o por vistorias. Durante as inspe��es, caso seja identificada uma situa��o de perigo, a Secretaria Municipal de Sa�de e a Defesa Civil poder�o ser acionadas.
Segundo o coronel Alexandre Lucas, coordenador da Defesa Civil, os im�veis fechados s�o um dos maiores problemas para o poder p�blico e, com a forma��o de novos “agentes”, ser� poss�vel alcan�ar resultados positivos.
DEVER DE CASA J� na rede p�blica de ensino, alunos do ensino fundamental, de unidades municipais de educa��o infantil (Umeis) e creches conveniadas � PBH, v�o receber, a partir da pr�xima semana, a miss�o de vistoriar semanalmente suas pr�prias casas. No in�cio das aulas, marcado para o dia 11, cerca de 200 mil alunos v�o receber um check-list com situa��es que devem ser observadas no cotidiano. Cuidados com o lixo e o quintal est�o entre as prioridades. A atividade funcionar� como um “para casa”, que ser� devolvido e analisado pelos professores. Feitos os relat�rios, a coordenadora do programa Sa�de na Escola, Ludmila Skrepchuk, explica que ser�o realizados debates em sala. “Esperamos que eles sejam multiplicadores em suas fam�lias e comunidades no sentido proativo de provocar uma atitude neste momento de epidemia”, comenta.
Hoje, segundo o coronel Alexandre Lucas, uma reuni�o deve provocar o in�cio de uma iniciativa parecida nas escolas da rede privada. Na rede estadual de ensino, os diretores atuam na conscientiza��o das comunidades e os alunos s�o considerados "agentes multiplicadores".