Organizadores de blocos da cidade temem que o entendimento dos bombeiros possa trazer embara�os no momento em que sa�rem para desfilar. Temendo sofrer repres�lias, um dos promotores falou ao Estado de Minas, mas pediu para que n�o fosse identificado. “Entregamos tudo o que foi solicitado pelos bombeiros, mas temos medo de que possamos ter problemas na hora do desfile.” Uma das medidas tomadas pelos blocos que levam mais de 40 mil pessoas �s ruas foi comprar cordas para separar o caminh�o de som dos foli�es.
Para os eventos considerados de risco m�nimo e baixo (com a presen�a de at� 3 mil pessoas), o Corpo de Bombeiros informou que n�o exigiu projetos pr�vios. “Os organizadores s�o os garantidores das condi��es m�nimas de seguran�a contra inc�ndio e p�nico”, informou a assessoria de imprensa. No caso de uso de trio el�trico, ve�culo de apoio, carro aleg�rico para sonoriza��o ou ve�culos similares, os bombeiros informaram que “o organizador dever� providenciar previamente a libera��o junto ao �rg�o de tr�nsito. “A autoriza��o e documenta��o n�o s�o alvo de an�lise e inspe��o pelo Corpo de Bombeiros”.
De acordo com a orienta��o dos policiais, o deslocamento de ve�culos de sonoriza��o n�o deve ocorrer em locais pr�ximos � rede el�trica, com passagem de p�blico no interior de t�neis, locais com defici�ncia de ventila��o, pontes, aclives ou declives acentuados. “Quando o deslocamento do ve�culo se der em �reas de grande aglomera��o de pessoas, deve ser guardada uma dist�ncia m�nima de dois metros entre o p�blico e o ve�culo.” N�o h� a exig�ncia de uso de cordas.
AMBUL�NCIAS Sobre a necessidade de ambul�ncias, os bombeiros sustentam que a legisla��o exige a presen�a de um brigadista para cada 500 pessoas (Instru��o T�cnica 33 do Corpo de Bombeiros), um aparelho desfibrilador para cada 1.500 participantes (Lei Estadual 15.778/2005) e servi�o de atendimento m�dico hospitalar quando houver promo��o com p�blico superior a 1 mil pessoas. No entanto, n�o h� clareza se essa exig�ncia se aplica aos desfiles de blocos de rua. A quest�o tamb�m n�o foi esclarecida pela Belotur. Os blocos entendem que s�o manifesta��o cultural espont�nea, portanto, a eles n�o se aplicariam essas obriga��es, comuns a eventos.
Em nota, a Belotur ressaltou que “os blocos de rua engrandecem a cultura, em um movimento aut�ntico, que espalha alegria, diversidade e retoma o uso do espa�o urbano”. A assessoria informou que a autarquia responde pelos palcos que organiza e d� apoio de infraestrutura ao conjunto do munic�pio. “As manifesta��es, decorrentes da iniciativa popular contam com o apoio municipal no provimento de estrutura b�sica de higiene e seguran�a patrimonial. Neste aspecto, esclarecemos que as informa��es dos blocos de rua s�o prestadas de maneira espont�nea por aqueles que buscam apoio, tais como banheiros qu�micos, limpeza e planejamento.”