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Estado de Minas

Jovem iraniana se diverte ao desfilar pela primeira vez em blocos de BH

Perseguida no pa�s do Oriente M�dio, ela sente hoje a liberdade de andar com roupas mais leves e sem o v�u na cabe�a


postado em 10/02/2016 12:56 / atualizado em 10/02/2016 13:10

Iraniana, Maryan trocou o véu e as roupas pesadas pelos shorts e caiu na folia em BH:
Iraniana, Maryan trocou o v�u e as roupas pesadas pelos shorts e caiu na folia em BH: "Estou muito feliz de ter vivido isso" (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

De shorts, batom laranja, adere�o na cabe�a e sorriso no rosto, a jovem Maryam Hossini, de 32 anos, fez algo que outras 1,6 milh�o de pessoas fizeram neste carnaval: aproveitou o feriado para curtir a folia nas ruas de Belo Horizonte. Desfilou nos blocos Chama o S�ndico e Angola Janga e est� encantada com a festa que mudou a cara da capital mineira nesta �poca do ano. A hist�ria parece comum, mas est� longe de ser mais uma. Este � o primeiro carnaval em que Maryam integra um desfile de bloco de carnaval depois de ter aterrissado em BH. A jovem � iraniana. Nasceu mu�ulmana e, com o marido Amyr Nasiri, tamb�m de 32, se refugiou no Brasil, depois de terem abandonado as regras do islamismo e se convertido ao cristianismo.

Perseguida no pa�s do Oriente M�dio, ela sente hoje a liberdade de andar com roupas mais leves e sem o v�u na cabe�a, obrigat�rio por l� para cobrir os cabelos em p�blico. Essa fluidez que a vida ganhou no Brasil passou a ter ainda mais sentido para Maryam depois do carnaval e a jovem n�o tem d�vidas quando fala da folia. “Acho que as pessoas no Ir� deveriam ter carnaval. Deveriam conhecer o carnaval. Aqui, as pessoas se fantasiam como querem. Homem se veste de mulher. E a mulher se veste do que ela quiser, o que � bem diferente de l�, onde a mulher � tratada de forma muito r�gida e privada de sua liberdade”, diz a jovem. Segundo ela, a mulher pode, inclusive, ser presa no Ir� se for pega pela pol�cia na rua sem o v�u, usando batom ou com as pernas de fora.

A hist�ria de Maryam e Amir no Brasil teve in�cio h� um ano e meio. No Ir�, a jovem formada em marketing e o marido, engenheiro el�trico, j� haviam perdido emprego por causa da mudan�a religiosa. Aqui, ele trabalha como chefe de cozinha e ela como cozinheira em restaurantes da Regi�o Centro-Sul da capital. “Mas �ramos segregados e mal-vistos pelos mu�ulmanos. Por isso, nos mudamos de l�.” Em busca de um pa�s para se refugiarem, eles vieram para a Bahia. Moraram oito meses em Arraial D'Ajuda, e decidiram se mudar para BH. At� passou um carnaval em Vit�ria da Conquista, no Sudoeste do estado vizinho. Mas, mesmo em terras baianas, disse ter sido em BH que ela verdadeiramente curtiu e se encantou com o carnaval. “Para mim, a festa em BH foi melhor que na Bahia. Nunca vi tanta gente fantasiada, se divertindo e brincando. Achei tudo maravilhoso: as m�sicas, as roupas, a alegria das pessoas. Estou muito feliz de ter vivido isso”, revelou.


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