Estudantes e moradores do entorno do campus S�o Gabriel da Pont�ficia Universidade Cat�lica de Minas Gerais (PUC Minas), na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, come�aram o ano letivo apreensivos. No in�cio deste m�s, a companhia da Pol�cia Militar que ficava ao lado da universidade mudou de endere�o e a popula��o teme que isso aumente a incid�ncia de crimes.
H� informa��es de que a sede da companhia seria transferida para a esta��o do metr�. Temerosos diante da situa��o, os estudantes elaboraram um abaixo-assinado direcionado � reitoria da PUC para que a institui��o se mobilize em rela��o � PM. “Mesmo com o pessoal da PM ali tinha muito assalto, pessoal chegava at� com caco de vidro. Parece que teve at� caso de sequestro rel�mpago uma vez. Do dia 1 ao dia 5 (de fevereiro) j� houve v�rios assaltos”, diz a estudante.
Ana Clara tamb�m fala da import�ncia do registro de boletins de ocorr�ncia. “Eu acho que a gente sabe que a PM trabalha muito com essa quest�o de registro de boletim e tem muita gente que n�o faz at� pelo hor�rio. A pessoa assaltada 22h30 tem que pegar van ou �nibus, e n�o para pra fazer BO”, diz. “Mas o pessoal sabe como a situa��o ali � complicada, todo dia tem problema, queria que eles considerassem isso”, analisa.
REUNI�O O pr�-reitor da PUC S�o Gabriel, professor Alexandre Rezende, informa que na tarde desta sexta-feira foi visitado pelo respons�vel pelo policiamento no local, major Wanderson, da 24ª Companhania do 16º Batalh�o da PMMG. Segundo ele, a rela��o da universidade com a PM sempre foi muito respeitosa, mas a sa�da do batalh�o das proximidades n�o havia sido comunicada oficialmente at� ent�o. Ele confirma que a informa��o � de transfer�ncia para o metr�.
"O que o major me disse � que as pessoas n�o ver�o mais a movimenta��o das viaturas, que era aqui bem pr�ximo, mas ele garantiu que a ronda de rotina na regi�o continuar� normalmente, sem modifica��o", afirma o pr�-reitor. "Disse tamb�m que se houver aumento de ocorr�ncias, em qualquer regi�o que seja, � feito um estudo para que haja refor�o no policiamento. Mas observou que a PM tem que trabalhar com uma escala de prioridades e que h� um conjunto de bairros na regi�o que tamb�m demandam patrulhamento", continua. Sobre o policiamento especificamente no entorno da universidade, o pr�-reitor informa que o major tamb�m garantiu que ser� refor�ado nos hor�rios de entrada e sa�da dos alunos, em todos os turnos, especialmente nas quintas e sextas-feiras � noite, quando o �ndice de ocorr�ncias � maior.
Em rela��o ao abaixo-assinado, o pr�-reitor esclareceu que tamb�m recebeu nesta sexta-feira a estudante Ana Clara Moreira. "Eu disse a ela que o abaixo-assinado, como qualquer manifesat��o pac�fica, � um instrumento leg�timo e n�o haver� problemas de nossa parte em acolh�-lo. Tamb�m vamos continua com um di�logo em busca de solu��es", esclarece. Assim como Ana Clara, o pr�-reitor ressalta a necessidade de se fazer ocorr�ncia sempre que houver qualquer tipo de delito. "A pol�cia precisa saber dos crimes", diz. Ele acrescenta que tamb�m na universidade faz quest�o de quem os alunos registrem qualquer incidente ocorrido l� dentro. A �ltima ocorr�ncia registrada dentro da universidade, segundo ele, foi de furto, no primeiro semestre do ano passado.
Em nota enviada � reportagem, o comando do D�cimo Sexto Batalh�o afirma que "n�o h� altera��o no policiamento executado na Regi�o Nordeste e no Bairro S�o Gabriel". Ainda segundo a PM, "a mudan�a da sede da 24ª Companhia n�o implica em �bices na realiza��o das a��es policiais desencadeadas na regi�o. Est�o sendo realizadas todas as medidas preventivas para fazer frente aos delitos, como tamb�m, executadas a��es de defesa social e opera��es policiais para refor�o da seguran�a da comunidade. A Pol�cia Militar coloca-se � disposi��o dos cidad�os, atrav�s do telefone 190, em caso de acionamento do servi�o de emerg�ncia policial ou do disque den�ncia, pelo telefone 181”.