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Estado de Minas

Casos de dengue sobem quase 1000% e acendem alerta em Minas

N�mero de registros em fevereiro cresceu 10 vezes desde o dia 5, saltando de 672 para 7.296


postado em 17/02/2016 06:00 / atualizado em 17/02/2016 07:57

Na Região Leste de BH, área externa de Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes é usada como bota-fora clandestino(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Na Regi�o Leste de BH, �rea externa de Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes � usada como bota-fora clandestino (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Em 10 dias, o n�mero de casos prov�veis de dengue em Minas Gerais (considerando os confirmados e os em investiga��o) deu um salto preocupante. De acordo com o boletim epidemiol�gico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Sa�de, s� em fevereiro j� s�o 7.296 diagn�sticos, n�mero 10 vezes maior que o observado na contagem anterior, quando havia 672. O maior intervalo de tempo entre os dois documentos, em fun��o do recesso do carnaval, pode ter colaborado para a explos�o, mas n�o � novidade o salto de casos a cada relat�rio. Em seis semanas de 2016, Minas Gerais j� contabiliza 62.271 casos, com dois �bitos. Na segunda-feira, a Secretaria Municipal de Sa�de de Juiz de Fora confirmou outras duas mortes pela doen�a, de uma adolescente e uma idosa, mas elas s� entrar�o nas estat�sticas oficias na pr�xima semana. Em 2015, 74 pessoas morreram v�timas da doen�a no estado.

Desde o �ltimo boletim tamb�m cresceu o n�mero de casos de zika em investiga��o: 166 est�o sendo estudados, um aumento de 277% em rela��o �s �ltimas estat�sticas. Este m�s, os exames para diagn�stico laboratorial do zika v�rus em Minas Gerais j� est�o sendo feitos na Funda��o Ezequiel Dias (Funed), e n�o mais na Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, o que permite a an�lise de maior n�mero de amostras em prazo mais curto. Isso favorece a assist�ncia ao paciente e as a��es de vigil�ncia epidemiol�gica, aumentando, consequentemente, as possibilidades de controle da circula��o do v�rus no estado. O boletim traz a confirma��o laboratorial de um aborto espont�neo associado � infec��o pelo zika. O caso ocorreu em Sete Lagoas, na Regi�o Central do estado.

Segundo a Secretaria Municipal de Sa�de de Sete Lagoas, a gestante, de 31 anos, deu entrada na maternidade do Hospital Nossa Senhora das Gra�as em 28 de janeiro, com entre 15 e 16 semanas de gesta��o. A paciente foi admitida devido a quadro de aborto espont�neo em evolu��o, febre, dor articular significativa, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo, que s�o o principal sintoma. O hospital notificou o caso � Superintend�ncia de Vigil�ncia Epidemiol�gica, que orientou coleta de material para an�lise pela Funed. Na segunda-feira, a Secretaria Municipal de Sa�de foi informada de que o material em an�lise foi positivo para o zika.

(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
� a primeira vez que uma amostra d� positivo para o v�rus em uma manifesta��o em feto, j� que o caso do beb� de Curvelo nascido com microcefalia foi descartado em uma revis�o de exames. Uma gestante de Ub�, outro caso confirmado de febre zika, segue em acompanhamento. J� s�o 129 casos notificados no protocolo de monitoramento da microcefalia, que contabiliza casos de beb�s nascidos com circunfer�ncia do cr�nio igual ou menor a 32cm e de gestantes com manchas no corpo.

INVESTIGA��O Segundo Geraldo Duarte, professor titular de ginecologista e obstetr�cia da Faculdade de Medicina de Ribeir�o Preto, da Universidade de S�o Paulo, tamb�m coordenador obst�trico do Comit� Assessor da Secretaria Estadual de Sa�de de S�o Paulo, tem sido observado, na evolu��o da gravidez de pacientes diagnosticadas com zika, maior percentual de abortamento. “Mas o mecanismo que causa esse aumento de abortamentos ainda n�o sabemos explicar. O conhecimento se constr�i em etapas. Partimos da observa��o para depois lan�armos m�o de m�todos cient�ficos que comprovem causas e associa��es. Ainda n�o podemos nos arriscar a sugerir o motivo disso”, explica.

A Superintend�ncia de Vigil�ncia Epidemiol�gica de Sete Lagoas criou uma ficha adaptada para os registros de casos suspeitos de zika v�rus para todas as faixas et�rias. At� ent�o, o registro dos casos era somente para gestantes, considerando um grupo priorit�rio segundo o Protocolo de Aten��o � Sa�de � Microcefalia Relacionada ao Zika, do Minist�rio da Sa�de. A nova ficha est� sendo introduzida esta semana na rede p�blica e privada de sa�de da cidade, disponibilizando, assim, exames para diagn�stico do v�rus em todas as faixas et�rias. Os pacientes que se enquadrarem no protocolo ser�o atendidos e devidamente encaminhados para exame laboratorial diante do diagn�stico.

Amea�a na Regi�o Leste

Enquanto explode o n�mero de casos das doen�as veiculadas pelo Aedes aegypti e crescem as campanhas e vistorias em im�veis, um bota-fora pr�ximo ao n�mero 5.965 da Avenida dos Andradas, no Bairro S�o Geraldo, Leste de BH, se transformou em um local prop�cio � prolifera��o do Aedes aegypti. Dezenas de garrafas pl�sticas, baldes, capacetes usados na constru��o civil, pneus, potes de sorvete, embalagens de tempero e diversos outros materiais que podem acumular �gua da chuva colocam em risco a sa�de de vizinhos.

A Ger�ncia Regional de Limpeza Urbana Leste informou que a na Avenida dos Andradas, onde foi feito o flagrante, funciona uma Unidade de Recolhimento de Pequenos Volumes. “Na �rea interna da Unidade o material depositado pelos carroceiros e demais cidad�os � organizado em ca�ambas. A �rea externa � usada como ponto de deposi��es clandestinas noturnas e aos domingos durante o dia inteiro”, informou a regional.

A ger�ncia acrescentou que remove diariamente com diversos caminh�es o material depositado de forma irregular, mas diz que �s vezes o volume � superior � capacidade de recolhimento. “Est� prevista a instala��o de c�meras no local, o que ir� permitir o monitoramento da �rea e a identifica��o e puni��o dos infratores”, informou, em nota.

(Com Paulo Henrique Lobato)


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