“� importante frisar que em 2015 a caxumba ocorreu em todo o Brasil. A doen�a, que antes era comum em crian�as, vem atingindo cada vez mais a popula��o jovem e adulta que n�o recebeu a segunda dose da vacina, inclu�da no calend�rio infantil somente a partir de 2004. Desde ent�o, os beb�s s�o vacinados aos 12 e aos 15 meses, com a primeira e a segunda dose, respectivamente. � sabido que grande parte da popula��o (jovem e adulta) de hoje n�o tomou a segunda dose. Cabe refor�ar que a vacina � a �nica forma de prevenir a doen�a”, explica Tatiane Dettoni, refer�ncia t�cnica de caxumba da SES.
Tamb�m conhecida como parotidite, a caxumba geralmente tem sintomas considerados amenos. � caracterizada pelo aumento das gl�ndulas salivares, o que provoca um incha�o no rosto. Nos casos graves, pode evoluir at� para meningite. O cont�gio ocorre pela saliva e por got�culas, por isso a preocupa��o das autoridades. Ao longo de 2015, o estado passou por 12 surtos da doen�a. A maior concentra��o de casos ocorreu em junho, julho e agosto, no inverno, quando a incid�ncia da doen�a � maior. As regi�es mais atingidas, segundo a SES, foram Belo Horizonte e munic�pios da Grande BH, como Santa Luzia e Contagem.
Foram 3.810 notifica��es de caxumba em todo o estado em 2015, m�dia de 10,4 por dia. No ano anterior, foram 684. Esse foi o maior total de casos dos �ltimos nove anos, ultrapassando os de 2008, quando foram feitas 1.140 notifica��es. A capital mineira seguiu o mesmo ritmo. No ano passado, foram confirmados 218 casos, contra 41 de 2014, e 17 de 2013. Em 2016, uma pessoa j� foi infectada pela doen�a, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA).
Em 2015, postos de sa�de de Belo Horizonte sofreram com a falta de vacinas. Mas, segundo a SES, a tr�plice viral n�o estava entre os medicamentos que sumiram dos estoques. “N�o houve desabastecimento da vacina que protege contra a caxumba, sarampo e rub�ola. Ainda no ano de 2014, foi realizada a campanha de seguimento para atender a popula��o, tamb�m com a oferta desse imunobiol�gico. Nas situa��es de surtos, o bloqueio contra a doen�a (bloqueio vacinal) foi feito de imediato, t�o logo as autoridades de sa�de foram notificadas”, afirmou Tatiane Dettoni.
A estrat�gia em 2016 para diminuir o n�mero de casos de caxumba ser� fortalecer as a��es de conscientiza��o da popula��o para tomar a segunda dose da vacina. “A �nica forma de prevenir a doen�a � por meio da vacina��o. Portanto, recomenda- se para aqueles que desconhecem ou que sabem que n�o tomaram a segunda dose que procurem orienta��o nos servi�os de sa�de, por exemplo, as Unidades B�sicas de Sa�de. Assim, uma das principais estrat�gias, � fortalecer as a��es nos pontos de aten��o, sensibilizando, ao mesmo tempo, pais e respons�veis para que as crian�as tenham o cart�o vacinal em situa��o regular. Al�m disso, o Estado atua para garantir altas coberturas vacinais, sobretudo, em campanhas evitando bols�es de suscet�veis”, comentou Tatiane.
