
Tamb�m conhecida como parotidite, a caxumba geralmente tem sintomas considerados amenos. � caracterizada pelo aumento das gl�ndulas salivares, o que provoca incha�o no rosto. Por�m, em casos graves o quadro pode evoluir at� para meningite. O cont�gio ocorre pelo contato com a saliva ou got�culas, por isso a preocupa��o das autoridades, agravada pelo fato de o cont�gio vir ocorrendo tamb�m em outros estados e no exterior, o que potencializa o risco de importa��o de casos.
Em Minas, dados disponibilizados pela Secretaria de Estado da Sa�de mostram m�dia de 300 casos da virose por m�s neste ano. Nos seis meses do ano passado, a doen�a n�o se espalhou com tanta for�a: a m�dia mensal foi de 173 registros. “A vacina est� dispon�vel pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) e � segura. Ent�o, nesse per�odo de deslocamento, nas f�rias escolares, as pessoas devem receber a dose com anteced�ncia. Por isso, � bom se programarem”, comenta Gilmar Jos� Coelho Rodrigues, coordenador de Doen�as Transmiss�veis da SES.
No calend�rio de imuniza��o, a vacina tr�plice viral (contra caxumba, sarampo e rub�ola) � administrada em beb�s aos 12 meses e a tetraviral (que protege tamb�m contra catapora), aos 15 meses. Fora da rotina de imuniza��o, a dose pode ser aplicada em pessoas at� 49 anos e est� dispon�vel em todos os postos de sa�de.
O per�odo de transmiss�o da doen�a � de nove dias depois dos primeiros sintomas. Por isso, o recomendado � que os pacientes fiquem isolados e lavem as m�os com frequ�ncia, evitando compartilhamento de objetos como copos e talheres.
Em Belo Horizonte, nos primeiros seis meses deste ano houve 330 casos da doen�a, o que equivale a 56,2% do total do ano passado, quando 587 pessoas foram acometidas pela virose. Em 2015 foram 269 notifica��es na capital mineira.
Adultos vulner�veis ao risco de caxumba
A maioria dos casos de caxumba em Minas Gerais neste ano acometeu jovens e adultos. A explica��o est� relacionada � falta de imuniza��o de pessoas entre 19 e 49 anos, de acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de. A vacina tr�plice viral, que protege contra a doen�a, o sarampo e a rub�ola e est� dispon�vel no Sistema �nico de Sa�de, entrou no calend�rio infantil somente em 2004. Por isso, muitos integrantes desse grupo n�o tomaram a segunda dose do imunizante ou sequer chegram a ser imunizados.
“Estamos percebendo nos �ltimos anos, no Brasil e no mundo, o ressurgimento da caxumba em forma de pequenos surtos. O aumento do n�mero de casos passa pela quest�o vacinal. A maioria dos adultos e jovens que se vacinaram anteriormente receberam doses para prote��o de sarampo e rub�ola, ou n�o receberam as doses adequadas, que seriam duas da tr�plice viral (que inclui a caxumba), ou de fato n�o foram vacinados”, explica Gilmar Jos� Coelho Rodrigues, coordenador de Doen�as Transmiss�veis da SES.
Mesmo dispon�vel no SUS, a vacina tem baixa procura por jovens e adultos, o que aumenta o risco de contamina��o. “Normalmente as crian�as tomam a primeira dose com 1 ano, depois com 15 meses, e est�o protegidas contra caxumba, rub�ola e sarampo. J� em rela��o aos jovens e adultos, normalmente n�o procuram a vacina��o. Somente quando temos aumento de casos � que essa popula��o se imuniza”, afirma Rodrigues.
O conselho para pessoas de 19 a 49 anos � que atualizem o cart�o de vacina��o. “A recomenda��o � que essas pessoas tomem a segunda dose. � importante verificar o cart�o e complementar o esquema vacinal”, alerta o coordenador.
SARAMPO Tamb�m est� ligado o alerta para a circula��o do v�rus do sarampo. Mesmo que o Brasil n�o registre diagn�sticos desde julho de 2015, o aumento do cont�gio principalmente em pa�ses da Europa e da Am�rica do Norte e o registro de dois casos importados em 2017 na Argentina chamam a aten��o das autoridades. Por isso, pessoas que v�o deixar o pa�s devem se imunizar o quanto antes.
Em Minas, os �ltimos casos confirmados de sarampo com transmiss�o dentro do pr�prio territ�rio ocorreram em 1999. Naquele ano foram nove pacientes. Em 2011 e 2013 o estado identificou tr�s casos importados, sendo um no primeiro ano e dois no segundo. Na �poca, foi feito o bloqueio vacinal de pessoas pr�ximas aos pacientes.